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Imagem ilustrativa da imagem E o mundo mudou

Por Fábio Ribeiro Ponciano

O ser humano está evoluindo ao longo de milhares de anos e muitas foram as conquistas não só por um pedaço de terra, mas também pela corrida espacial de qual país iria mais longe no desbravar do espaço. Milhões de milhares de dólares gastos na exploração de planetas, enquanto que aqui na terra a desigualdade social e a fome atormenta ano após ano milhares de milhões de nossos semelhantes.

Com a evolução, veio o egoísmo, o sentido de poder e o mais importante é: o que for ruim ao meu semelhante e não me atingir, pouco me importa. Vivemos em um mundo alucinadamente capitalista e nos contentamos com uma casa bonita, com móveis modernos, aparelhos domésticos de última geração, comida boa para por na mesa, um carro "do ano" para nos locomovermos, ou ostentarmos um certo grau de poder e algumas economias para pelo menos uma viagem top ao ano. A meta de qualquer ser humano, nos dias de outrora, era de viver com qualidade de vida e situação financeira equilibrada.

Tantos afortunados com muito e milhões de miseráveis sem nada. E para amenizar tudo de ruim que acontece no globo terrestre é mais viável fecharmos os olhos para as coisas negativas e traçarmos metas e objetivos para que conosco seja diferente. Até alguns meses atrás, pessoas se esbarravam diariamente umas nas outras nas ruas, como formigas em um grande formigueiro, ou simplesmente encontravam seus vizinhos em portas ou portões e fingiam não os ver, para não ter que cumprimentá-los, mesmo podendo fazer de bom grado, ou como simples formalidade educacional.

Na atualidade, as ruas em especial das grandes metrópoles se tornaram extremamente desertas e seu vizinho ao lado, por mais pequena que seja sua cidade, não pode sequer dizer um "bom dia", porque a ordem geral é para que não haja contato social algum. Uma certa dose de sorte está ao lado para aqueles que convivem com mais de um em suas casas, mas infelicidade é para aqueles que moram sozinhos e estão ficando loucos com a solidão das paredes mudas de suas casas. Sorrateiramente, como um relâmpago a romper a penumbra da escuridão em uma tempestade noturna, o mundo do dia para a noite mudou, levando consigo pequenos gestos como um simples aperto de mão, ou um abraço apertado de saudade ou felicidade, restando apenas o isolamento e a incerteza do amanhã.

Nós, humanos evoluídos que somos, já tínhamos nos esquecido dos pequenos valores de tais gestos, pois as grandes preocupações que sobrecarregavam nossos cérebros nos privaram de nutrir importância para gestos tão insignificantes e que hoje com certeza nos damos conta de quão necessários os mesmos são, até mesmo como forma de expressar nossa liberdade. A beleza exterior, em especial a do rosto e fisionomia, cultuada ao longo de centenas de anos por diversas civilizações, hoje tem que ser escondida atrás de uma máscara, dificultando a disseminação de um vírus desconhecido e facilitando para que assim, nos esqueçamos de como são os traços que nos diferem um dos outros.

E antes, enquanto que somente a economia e o valores monetários negociados diariamente nas bolsas de valores eram notícias de primeira mão em todos os países, hoje, milhares de nações espalhadas pelo mundo, compõem um ranking cruel em um painel virtual computando vidas ceifadas, sem o direito do último adeus por parte dos entes que se foram, com aqueles que entristecidos ficaram. O mundo com certeza mudou, talvez para nos ensinar que não sabemos nada, talvez para nos fazer valorizar cada dia que nos foi dado, talvez para distanciarmos ainda mais um dos outros, ou para nos aproximar exaltando o real valor do calor de um abraço ou aperto de mão.

Com certeza, o mundo mudou e nunca mais será o mesmo, pois com toda a evolução e tecnologia alcançadas ao longo dos anos, concedendo ao homem o "sentido de poder invencível" e que tanto modificou e transformou o mundo, hoje nos remete a "era" da escuridão, nos conscientizando do quão frágil somos, pois basta o simples contato com algo letal e desconhecido, para regredirmos a reinvenção de como sobrevivermos nas sombras gélidas de um futuro subjuntivo. De posse deste tempo de reflexão que nos foi imposto e tendo em vista que o mundo, mudou, vamos mudar a nós mesmos de forma positiva, pensando e agindo melhor com mais humanidade com o próximo, para tornar nosso mundo melhor do que o outro que deixamos para trás e que não sabemos nem quando e nem se, o teremos de volta como assim o conhecemos.

Texto escrito por: Fábio Ribeiro Ponciano, Contador do instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Tibagi, Servidor Público há 26 anos, Graduado em Ciências Contábeis e Administração de Empresas e Especialista em Gestão Financeira, Contábil e Auditoria, Especialista em MBA de Gerenciamento da Administração Pública Municipal, Especialista em Direito Administrativo com Ênfase em Administração Pública, Especialista em Gestão de Pessoas e Especialista em Direito Tributário. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6809281167019509

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