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Uma visão filosófica sobre a atualidade através de reflexos históricos

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Por Simone Fernandes

Estar em cima do muro pende para a abstenção dos fatos reais atuais e historicamente construídos. Amontoa-se as dúvidas, potencializadas pela busca de respostas prontas e livre de estímulos significativos, aproximando o sentimento de razão individual, seccionada em porções muita vezes insustentadas do ponto de vista estratégico, causando um emaranhado de sentimentos, como insegurança, falta de objetividade e confiança, dificultando a eficácia de processos para o bem estar individual e coletivo. É subjetivo, porém alicerçados através do discurso  direto ou indireto, ou seja, através do diálogo e da escrita, sendo a primeira, uma prática socialmente histórica em todo período da humanidade. Cria-se através destes discursos, grupos de interesses distintos, sejam eles políticos, religiosos, econômicos e sociais.

Nesta reflexão filosófica acerca da realidade global comum, que abarca toda a humanidade neste momento histórico, levanta-se timidamente a bandeira da fragilidade perante a perspectiva futura de vida. Traz à tona mazelas sociais muito claras, que não podemos mais negar, estas que são legitimadas através da aceitação de sistemas falhos e vulneráveis, como por exemplo, o sistema de saúde pública, algo muito necessário.

Este é somente um exemplo que atinge a maioria das nações, mas em países emergentes ou subdesenvolvidos, soma-se à isso a falta de estrutura básica, como saneamento e alimentação que põe em cheque uma possibilidade nova de estruturação social que veio de modo imprevisto.

Numa perspectiva positiva, abre-se o leque para várias oportunidades de aprendizagens e avanços em prol do bem estar comum, como ocorreu na maioria das crises epidemiológicas e do pós-guerra, entretanto há contrapontos, o sofrimento vem como parte do conjunto e a não aceitação de fatos ocorridos, gerencia e  condiciona à repetição do erro, como se quiséssemos resultados diferentes utilizando os mesmos métodos, estes que têm se mostrado falhos, empurrando a linha da desigualdade numa curva muito acentuada, criando um problema tardio e tornando-o uma bomba cada vez mais potente.

Vale-se ressaltar que estar engessado para esta nova aprendizagem individual, interfere no coletivo e é realidade na luta contra estas mazelas sociais muito nítidas em tempos atuais, sendo obscurecidas pelo condicionamento mental do egoísmo e egocentrismo, muitas vezes nem percebidos por seus agentes como algo tóxico, mas como algo relacionado à sobrevivência, pensamento este equivocado no ponto de vista da evolução.

Estar em cima do muro e da negação por algo óbvio, colabora para a falta de empatia, solidariedade e mesmices.

Discursos distintos por algo que tem se mostrado real no mundo, só aumenta a margem de erro para mais e não traz nada de novo. Vai na contramão da solução de problemas pro nosso tempo e pro futuro.

A coesão de ideias está longe de ter uma atração mútua ou  maleável, pois visa perdas e ganhos, que são interesses muito particulares, sendo  gerenciadas em caminhos diferentes através da variabilidade de discursos que seguem nortes separados e que muitas vezes não convém com a realidade do outro.

Neste mundo líquido, onde as relações humanas são rasas, descartáveis e advém de um laço frouxo, a construção social tende a ficar alicerçada em ambientes frágeis muito vulneráveis ao desabamento, entretanto há de se ressalvar que há o lado oposto  e as inúmeras possibilidades de melhora em detrimento de algo novo como projeção de futuro e bem estar social.

Simone Fernandes - Professora e Operadora de Produção na área industrial

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