Debates
Somos bons motoristas, ciclistas e pedestres?
Da Redação | 25 de setembro de 2019 - 01:01
Por Gerson Luiz Buczenko
No Dia Nacional do Trânsito, 25 de setembro, importa antes
refletir do que comemorar. O meu comportamento tem sido adequado com relação ao
trânsito? Eu excedo a velocidade permitida? Tenho exposto a minha vida e a de
outros ao risco de um acidente? Tenho dado o bom exemplo para minha família e
para a sociedade quando estou caminhando pelas ruas, pedalando minha bicicleta
ou dirigindo meu veículo, seja no trabalho, seja no lazer?
Precisamos também rever a nossa postura perante a condição
do veículo que utilizamos, pois é fundamental que esse instrumento esteja
devidamente conservado, revisado e em condições para o trânsito. Assim, meu
carro está em condições de transitar pela rua, avenida, rodovia?
Os impostos e taxas junto ao departamento de trânsito do meu
estado ou cidade estão em dia, devidamente pagos? A minha habilitação está
dentro de seu prazo regular? Respeito a legislação de trânsito no que se refere
às normas de parada, estacionamento e circulação em todos os momentos?
A próxima reflexão advém da condição de saúde, pois para o
pedestre e o condutor interessa muito estar em plena saúde, ou então estar
devidamente acompanhado por um tratamento médico. Dessa forma, estou em plenas
condições de saúde física e psicológica para sair às ruas como pedestre ou
condutor de um veículo?
Após essas reflexões iniciais, verifica-se que, em primeiro
lugar, as boas relações no trânsito começam pela ação de cada cidadão fazendo a
sua parte, fazendo com que o seu agir seja o melhor possível para o convívio
social. Assim teremos um trânsito mais seguro, correto e que não gere tantos
acidentes, nem aleije e mate pessoas.
Mesmo se as reflexões propostas pouco importarem, ainda
teremos um trânsito violento. Considerando todas as cidades do Brasil, não
apenas as capitais, foram registradas 37.345 mortes de trânsito em 2016 (último
ano com dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do
Ministério da Saúde).
Basta ver o Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS)
no qual o Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes
no trânsito, atrás somente da Índia, China, Estados Unidos e Rússia. E além
desses, Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito estão entre os países com
trânsito mais violento do planeta.
Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das 1,2
milhão de mortes por acidente no trânsito que ocorrem no mundo todos os anos.
Além dos mortos, acidentes de trânsito resultam em mais de 50 milhões de
feridos a cada ano.
Assim, o Dia Nacional de Trânsito é um dia de importantes
reflexões sobre o quanto nós podemos melhorar o trânsito com a nossa conduta
pessoal, fazendo com que o sentido desse ambiente seja a vida, e não a morte.
Gerson Luiz Buczenko, coordenador do Curso Superior de
Tecnologia em Gestão do Trânsito e Mobilidade Urbana no Centro Universitário
Internacional Uninter.