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Ainda sobre a educação

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Por Isonel Sandino Meneguzzo

            As discussões acerca da educação estão longe de serem dadas como encerradas. As polêmicas medidas recentemente adotadas pelo governo federal, tem suscitado amplas e polêmicas discussões, muitas delas longe de frutificar em algo com consequências pró-ativas.

            Há que se mencionar que nossa educação ainda está longe de alcançar um patamar satisfatório em termos de qualidade quando se fala da educação básica (ensino fundamental e médio). O mesmo não pode ser dito do ensino superior, onde nossas universidades públicas produzem conhecimento e inovação, nas diversas áreas do saber. Conhecimento este pifiamente aplicado por nossos gestores públicos, que, em muitos casos, resumem suas gestões em atender demandas de grupos específicos, sempre com uma intenção particular como pano de fundo, em detrimento da coletividade ou dos mais necessitados.

            Na interface educação básica/educação superior, iniciativas louváveis com resultados efetivos foram tomadas nos últimos anos. Uma delas foi a criação em 2006 da UAB (Universidade Aberta do Brasil) com o intuito de desenvolver a modalidade de educação a distância, tendo como atividade fim, a  expansão e interiorização da oferta de cursos de educação superior no país.

            Já o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) criado em 2007 e tendo como principais objetivos "incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica e elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica" é um projeto que traz diversos resultados positivos, principalmente para os alunos das escolas que recebem o programa.

            Outro programa governamental, criado em 2007, o Mais Educação visava atender jovens no contra-turno escolar, com atividades esportivas, culturais e educacionais, fazendo com que nossos jovens tivessem uma ocupação sadia e de qualidade no ambiente escolar.

            Todas estas iniciativas, criadas na década passada, encontram-se agora ameaçadas, tendo em vista as sinalizações que o governo federal  tem manifestado no ano de 2019. Infelizmente, mesmo com tais iniciativas, nossa educação teve pequenas melhoras em termos qualitativos. Que dirá agora, com evidentes retrocessos ocorrendo em nível nacional e que certamente irão também ocorrer no âmbito regional (unidades da federação).

            A sociedade deve estar atenta às consequências adversas que os "desinvestimentos" em educação podem trazer a todos. Deve também atuar, por meio dos espaços democráticos de participação que nossas legislações estabelecem para atuar na gestão e fiscalização: Conselho Escolar e APMF, no caso das escolas, por exemplo.

Isonel Sandino Meneguzzo (Professor do Departamento de Geociências da UEPG 

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