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Dia de Fúria em Ponta Grossa

Imagem ilustrativa da imagem Dia de Fúria em Ponta Grossa

Por Marcos Lins Condolo

É fato que Ponta Grossa vive atualmente um efervescente crescimento econômico, decorrente de uma série de fatores convergentes, tornando-se um polo atrativo de investimentos. A título de ilustração, lemos neste periódico no último domingo, a notícia de expressivo incremento nos empreendimentos imobiliários, o que irá certamente impactar na paisagem urbana. 

Todavia, de roldão, observamos o avanço da criminalidade e violência em nosso município. Na segunda-feira, pela manhã, estranhamente, dois eventos antissociais provocaram a completa ruptura da ordem pública e da paz social, obrigando a mobilização das forças de segurança, em locais distantes entre si. 

O que chama a atenção é a capacidade das organizações criminosas em orquestrar, planejar e desencadear ações delituosas concomitantes, com vistas a dissuadir a pronta intervenção policial e o emprego maciço de recursos repressivos. Em exercício de elucubração e sem engendrar para a teoria do caos/conspiração, reflitamos sobre os fatos; o amotinamento de presos, no minipresídio Hildebrando de Souza, ocorreu a partir das 11h, sendo necessário o emprego da tropa de choque, bem como, o congelamento da área lindeira ao estabelecimento penal. Ao passo que a invasão da agência bancária no bairro de Uvaranas, ocorreu aproximadamente às 11h30min. 

Neste cenário, não podemos olvidar que atua veladamente na Cadeia Pública local, a organização criminosa denominada PCC, que possui ramificação na totalidade de presídios do país e mantém estreito intercâmbio entre a comunidade carcerária e o mundo exterior.

Mas, quanto à fúria da bandidagem na movimentada agência bancária de Uvaranas, podemos afirmar que a ação foi caracterizada por violência extrema, audácia e típica das cidades pequenas localizadas nos rincões do Brasil. Os celerados chegaram ao local de forma ostensiva, com o porta-malas do veículo aberto, empunhando fuzis e de pronto, tomaram um refém, o qual permaneceu subjugado durante a ação criminosa, visando garantir a fuga da quadrilha e proteção contra qualquer ação policial. No interior da agência, os marginais realizaram inúmeros disparos, a fim de intimidar os circunstantes, vindo inclusive provocar lesões corporais em dois clientes. Devemos ressaltar que a sucessão dos fatos ocorreu às margens da Av. Carlos Cavalcanti, principal via de acesso ao bairro mais populoso da cidade, e em horário comercial. 

Neste ponto, oportuno destacar, se almejamos num futuro longínquo, atingirmos as condições e as características de um país desenvolvido, priorizando o progresso e o bem estar social, a sociedade precisa se mobilizar em torno do tema Segurança Pública. Atualmente, vivemos sobressaltados no Brasil como se fossemos cidadãos de segunda classe, vivendo furtivamente na condição de emigrantes, num país estrangeiro, destituídos de qualquer direito fundamental e à mercê da bandidagem.

Marcos Lins Condolo é colaborador do JM

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