Cotidiano
Ministro afirma que concessão do pedágio em PG é exemplo ao País
A CCR S.A, representada pela corretora 'Terra Investimentos', ofereceu um desconto de 26,60% sobre a tarifa básica de pedágio
Da Redação | 13 de dezembro de 2024 - 06:01
Em um marco para a infraestrutura rodoviária brasileira, a CCR S.A. sagrou-se vencedora do leilão de concessão do 'Lote 3' do Sistema Integrado de Rodovias do Paraná. Realizado na tarde desta quinta-feira (12), na sede da Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, o evento contou com a participação de autoridades como o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).
A CCR S.A, representada pela corretora 'Terra Investimentos', ofereceu um desconto de 26,60% sobre a tarifa básica de pedágio, representando a proposta mais vantajosa entre os quatro proponentes presentes. Dessa forma, a empresa assume a responsabilidade para administrar e modernizar uma malha viária de 569,7 quilômetros, abrangendo trechos das BRs 369, 373 e 376, além das PRs 090, 170, 323 e 445, passando por 21 municípios. A disputa foi acirrada, atraiu quatro proponentes e reflete a relevância estratégica do projeto, que prevê investimentos robustos e ampliação dos serviços rodoviários no estado.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou a parceria cada vez mais próxima com a ANTT, que tem intensificado os trabalhos e os leilões, e disse que existe uma ação para construir um bloco de leilões que colaborará decisivamente na evolução do Estado do Paraná, que já é um dos que mais cresce no país. "Esse trabalho nos proporciona viver momentos como esse. Não se grita muito alto com pulmões mobilizados para festejar o que dá errado. Se hoje todo mundo da CCR S.A gritou alto ao ter uma vitória aqui, é porque esse leilão será bom para a CCR, bom para o povo do Paraná e muito bom para o Brasil. Esse é o grande recado que precisa ser dado", celebrou o ministro.
Em sua fala, o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, disse que todo o trabalho da Agência vem sendo notado cada vez mais, demonstrando e comprovando a seriedade com que são tratados os contratos de concessão. "A volta da concorrência, o operador estrangeiro, o viva voz e tudo o que temos feito é levado muito a sério. Queria destacar especialmente o retorno da CCR, vencendo mais um leilão conosco. A CCR, que é a maior operadora de concessões do Brasil, retornar aos contratos federais significa que o pós-venda também é bem feito. É o trabalho que a gente faz dentro da ANTT, de compreender a necessidade do empresário e investidor, sem deixar de lado o principal, que é o atendimento ao usuário", disse Vitale.
Importância estratégica
Com 569,7 quilômetros de extensão, o Lote 3 inclui trechos das rodovias BR-369, BR-373, BR-376, PR-090, PR-170, PR-323 e PR-445. Essas vias formam o chamado Corredor Norte, essencial para a logística do agronegócio, conectando o estado do Paraná ao Porto de Paranaguá, além de promover a integração com Santa Catarina e São Paulo. A região impactada abrange 22 cidades, incluindo Londrina, Ponta Grossa e Apucarana, que desempenham papéis centrais no setor produtivo.
O diretor-presidente da Infra S.A, Jorge Bastos, ressaltou o trabalho feito em parceria com o IFC por meio de estudos que viabilizam obras essenciais em infraestrutura rodoviária no estado do Paraná e cobrança de tarifas justas. "Essa concessão aprimora as concessões rodoviárias do Paraná, junto com estados de Santa Catarina e São Paulo, fortalecendo o papel estratégico como eixo logístico da região para impulsionar o agronegócio e outras cadeias produtivas. É um marco histórico para o Paraná", concluiu Bastos.
Investimentos e obras
Ao longo dos 30 anos de contrato, estão previstos cerca de R$ 16 bilhões em investimentos. Entre as melhorias planejadas, destacam-se:
Duplicações: 132,6 km.Faixas adicionais: 24,6 km.Contornos: 61,6 km, incluindo Ponta Grossa, Apucarana e Califórnia.Passarelas: 22 unidades.Vias marginais: 6,7 km.Áreas de escape: 2 unidades.
O projeto também prevê a implantação de 24,1 km de ciclovias e 14,9 km de iluminação no trecho da Serra, além de 92 dispositivos de interseção remodelados. Essas obras têm como objetivo melhorar a segurança, fluidez e conforto para os usuários.
A concessão também promete transformar a dinâmica regional, com a geração de mais de 143 mil empregos diretos, indiretos e efeito-renda. Além disso, o desconto para usuários frequentes e a possibilidade de pagamento automático com tags são iniciativas que beneficiam diretamente a população, reduzindo custos e incentivando o uso das rodovias.
As obras iniciais, como o Contorno de Apucarana (13,8 km), têm previsão de entrega para 2027. A concessão integra o Programa de Concessões Rodoviárias da ANTT, que busca modernizar a malha viária nacional, promovendo eficiência logística e fomentando o desenvolvimento econômico.
A vitória da CCR S.A. simboliza um passo importante para o fortalecimento da infraestrutura rodoviária do Paraná, impactando positivamente a mobilidade, segurança e economia regional.