Cotidiano
Enfermeira formada na UEPG salva vida de bebê prematuro
O ato de Ianka foi crucial para o que veio a seguir. Pela falta de uma incubadora, a equipe improvisou uma incubadora de transporte
Da Redação | 24 de junho de 2022 - 09:45
O ato de Ianka foi crucial para o que veio a seguir. Pela
falta de uma incubadora, a equipe improvisou uma incubadora de transporte
O doze de abril ficará para sempre marcado na memória da
enfermeira obstétrica Ianka do Amaral. Foi o dia em que Elisa Vitória nasceu.
Com 26 semanas, 14 a menos do que a maioria dos bebês, e pesando 1kg, a menina
nasceu prematura, com risco de vida. A volta para casa da pequena, nos braços
da mãe, aconteceu graças ao trabalho rápido de Ianka e equipe, que agiu para
garantir a vida até a chegada na UTI Neonatal. Formada em Enfermagem pela Universidade
Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e em Enfermagem Obstétrica pelo Hospital
Materno-Infantil da UEPG (Humai), Ianka destaca a influência do aprendizado na
instituição na sua atuação profissional.
A primeira ação de Ianka foi garantir a proteção térmica do
bebê, por conta do baixo peso e pouca camada de gordura. “Recebemos uma ligação
do domicílio solicitando uma ambulância para uma gestante em trabalho de parto.
Uma das técnicas em enfermagem e o motorista foram até o endereço e lá estava a
pequena Elisa. A equipe trouxe rapidamente a mãe e a bebê ao Hospital”,
relembra Ianka. Ao chegar no Hospital, a enfermeira cobriu o corpo do bebê com
papel alumínio, para auxiliar na regulação térmica, que serviu como barreira e
evitou a perda de calor.
O ato de Ianka foi crucial para o que veio a seguir. Pela
falta de uma incubadora, a equipe improvisou uma incubadora de transporte.
“Decoramos, fizemos pequenos furos na bacia para a entrada e suporte de
oxigênio. Dessa forma, a Elisa foi segura e sem riscos de perder temperatura
até Teresina”. Após os primeiros socorros realizados por Ianka e equipe, no
Hospital de Pequeno Porte Milton Reis, em Baixa Grande do Ribeiro, no Piauí,
Elisa pôde ser transferida para Teresina em segurança, para uma UTI Neonatal e
continuar o tratamento.
Ianka iniciou sua história na UEPG em 2014, quando entrou
para cursar Bacharelado em Enfermagem. Em 2019, após a formatura, iniciou a
Residência em Enfermagem Obstétrica na maternidade do Hospital Universitário. A
enfermeira acompanhou a mudança para o prédio do Humai, em 2020, e se formou em
outubro de 2021. “A maternidade do HU/Humai me ensinou sobre a importância do
trabalho multiprofissional dentro da equipe de saúde. Também me preparou para o
mercado de trabalho e as diferentes situações de emergência que o enfermeiro
enfrenta no dia a dia na saúde materno-infantil”, ressalta.
Apesar de residir no Piauí, Ianka não rompeu suas relações
com a UEPG. Atualmente, estuda mestrado em Ciências da Saúde na instituição. O
fato do conhecimento adquirido no Hospital a acompanhar na rotina de trabalho
contribuiu para que a pequena Elisa Vitória voltasse para casa com
vida. “Ajudar a salvar vidas é o que nós da enfermagem fazemos todos os
dias – salvamos com orientações, cuidados, ciência e com muito amor, sempre
tratando cada paciente com individualidade e de forma holística. Salvar vidas é
fazer a diferença na vida de cada paciente que passa por nós”, completa.