Cotidiano
“Pelissari nunca nos decepcionou”, garante Rangel
Presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte foi preso temporariamente pelo Gaeco durante a Operação Saturno, nesta terça-feira
Da Redação | 17 de dezembro de 2020 - 01:20
Presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e
Transporte foi preso temporariamente pelo Gaeco durante a Operação Saturno,
nesta terça-feira
O prefeito Marcelo Rangel (PSDB) usou seu programa de rádio
na manhã desta quarta-feira (16) para comentar a Operação Saturno, deflagrada
nesta terça-feira (15) em Ponta Grossa e que resultou na prisão de quatro
empresários, dois vereadores e do presidente da Autarquia Municipal de
Trânsito e Transporte (AMTT), Roberto Pelissari. O chefe do Executivo garante que
confia na honestidade e na inocência do comandante do trânsito na cidade.
“Conheço o Roberto há seis ou sete anos e me parece ser uma
pessoa extremamente correta (…) Até esse momento ele nunca nos decepcionou e acredito
que ele não irá nos decepcionar”, disse o gestor municipal durante a
apresentação de seu programa, e continuou: “ele sempre demonstrou ser uma
pessoa de caráter, demonstrou isso pelos sus atos (…). Acredito na honestidade
porque esse rapaz é uma pessoa correta e esta verdade virá à tona”, assegura Rangel.
O prefeito também frisou que considera a ação do Grupo
de Atuação Especial em Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) “legítima e
correta”, explicando que “é normal ter buscas
no Poder Executivo e na Câmara Municipal” atrás de documentos que possam
comprovar as irregularidades que são apuradas pelo órgão do Ministério Público
do Paraná (MPPR).
A investigação
As investigações conduzidas pelo Núcleo de Ponta Grossa do
Gaeco identificaram possíveis ilegalidades na contratação de empresa pela
Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município (AMTT) para a
implantação e operação do “Estar Digital” (estacionamento rotativo), e para a
compra de softwares pela Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), entre
os anos de 2016 e 2020.
Também é objeto de apuração a possível prática de
manipulação e corrupção de vereadores na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
instalada na Câmara Municipal para apurar as referidas licitações.
Prisões e buscas
Foram cumpridos 18
mandados de busca e apreensão em Ponta Grossa e outros quatro em Curitiba. As
buscas foram realizadas nos gabinetes dos cinco vereadores que fizeram parte da
CPI do Estar Digital, e também em três empresas e nas residências de
empresários e servidores públicos que teriam participado das ilegalidades. Foram
apreendidos documentos e outros materiais que podem comprovar os crimes de
corrupção ativa e passiva, tráfico de influências, fraude processual e outros
crimes.
A operação do Gaeco prendeu preventivamente os empresários
sócios da Cidatec, Antonio Carlos Domingues de Sá e Alberto Abujamra Neto, além
de João Carlos Barbiero e Celso Ricardo Madrid Finck, ligados ao grupo. Além
deles, o vereador
Walter José de Souza, o Valtão (PRTB), também teve a prisão preventiva
decretada. Ainda, o Gaeco cumpriu outros dois mandados de prisão temporária:
contra Pelissari e contra o presidente da CPI, vereador Ricardo
Zampieri (Republicanos).
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