UTIs do HU-UEPG já registraram 90 mortes por Covid-19

Ao todo, 279 pacientes já estiveram internados nas vagas de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs).

Quesito fundamental na avaliação do avanço do novo coronavírus na cidade, as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) exclusivas para a covid-19 do Hospital Universitário (HU-UEPG) já receberam 279 pacientes desde que tiveram as atividades iniciadas, no começo da pandemia. Desde março, o Hospital Universitário tem uma estrutura específica para receber pacientes infectados pela covid-19 e que precisam de atendimento de maior complexidade, requisitando uma UTI. 

Segundo a assessoria de imprensa do HU-UEPG, dos 279 pacientes que já estiveram internados nas UTIs desde a inauguração até esta quarta-feira (9), data do pedido de informação, 90 deles acabaram entrando em óbito - o que compreende uma taxa de mortalidade de 35,43%. A taxa de mortalidade nas UTIs é muito similar àquela registrada nacionalmente.

De acordo com um estudo realizado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) em todos os estados brasileiros, a taxa de mortalidade de pacientes nas UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 38,5% - bastante próxima do índice registrado no HU-UEPG. No entanto, a taxa de mortalidade em UTIs na rede privada é de 19,5% de acordo com o mesmo estudo.

O número de 90 pacientes inclui pessoas que outros municípios da região que estiveram (ou estão) internadas no Hospital que é referência regional para o enfrentamento da doença. Atualmente, o HU-UEPG tem 30 vagas de UTI exclusivas para a covid-19, além de outros 34 leitos clínicos para pacientes com o novo coronavírus. Há no Hospital Universitário espaço para a implementação de mais 10 leitos clínicos. 

Além das 10 vagas de UTI no HU-UEPG, Ponta Grossa conta com uma vaga no Hospital Municipal Amadeu Puppi e outras 10 vagas no Hospital Bom Jesus. Na prática, a rede de atendimento recebe pacientes de Ponta Grossa e dos municípios que compõem a 3ª Regional de Saúde. 

Unidades têm alto custo e requerem pessoal qualificado

As vagas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) destinadas à covid-19 tem um alto custo de instalação e manutenção, além de requerem pessoal treinado e especializado para esse tipo de atendimento. Ao contrário de um leito clínico, uma UTI demanda equipamentos como respiradores e mais monitores, além de uma equipe maior quando comparada ao funcionamento de um leito clínico - sem falar em equipamentos de proteção individual (EPIs) e medicamentos utilizados em UTIs.