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Operação apura R$ 19 mi de propinas da BRF a auditores

A ação apura supostos crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em benefício de grupo empresarial

Delegados da Polícia Federal realizaram coletiva de imprensa para detalhar os resultados da operação
Delegados da Polícia Federal realizaram coletiva de imprensa para detalhar os resultados da operação -

A ação apura supostos crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em benefício de grupo empresarial

A Polícia Federal deflagrou nesta 3ª feira (1º), a 4ª fase da operação Carne Fraca, batizada de Romanos. A ação apura supostos crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em benefício de grupo empresarial BRF, dono da Sadia e da Perdigão.

A empresa afirmou à PF que ao menos 60 auditores fiscais teriam sido favorecidos com as vantagens indevidas. Há indicativos de que foram destinados R$ 19 milhões para os pagamentos de propinas. Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com empresas que representavam o interesse dos fiscais.

De acordo com o inquérito, a prática teria sido interrompida em 2017, quando a BRF “passou por uma reestruturação interna”. Segundo a PF, o grupo atuou em“colaboração espontânea” com as autoridades e não ganhará “nenhum benefício em troca”.

A BRF afirmou ao mercado que "nenhum de seus escritórios ou instalações ou de seus administradores foi alvo" de medidas de busca e apreensão na nova fase da operação Carne Fraca e que tem colaborado com as autoridades.

Já o Ministério da Agricultura reafirmou em comunicado à imprensa que tem "plena confiança em sua área de fiscalização agropecuária, já reestruturada, e entende que essa situação é uma exceção à regra e não compromete a efetiva atuação de seus 2.500 fiscais".

De acordo com o MPF, a BRF decidiu colaborar sem que tenha firmado qualquer acordo de leniência, e não está sendo investigada como pessoa jurídica na operação. Pessoas da empresa envolvidas com os fatos à época, e que atualmente não estão mais na companhia, serão responsabilizadas, no entanto.

"Com o avanço das investigações, a BRF apresentou ao Ministério Público Federal, entre o segundo semestre de 2018 e o primeiro semestre de 2019, uma série de informações e documentos, bem como autorizou expressamente o uso desse material, no sentido de que existiram fiscais federais, ligados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que recebiam vantagens indevidas para que atuassem em benefício da companhia", disse o MPF no pedido de medidas cautelares apresentado à Justiça.

As medidas cautelares foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, a operação desta terça-feira teve como objetivo cumprir 68 mandados de busca e apreensão em 9 Estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, informou a PF.

Com informações do site DCI.com e da Polícia Federal

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