Cotidiano
Ratinho diz que não tem dinheiro para dar reajuste
<b>Governador disse que o Estado não tem dinheiro para pagar o reajuste, que isso exigiria aumento de impostos e que sua função, como governador, é cuidar do equilíbrio das contas públicas.</b>
Agência Estadual de Notícias | 22 de junho de 2019 - 00:00
Governador disse que o Estado não tem dinheiro para pagar o reajuste, que isso exigiria aumento de impostos e que sua função, como governador, é cuidar do equilíbrio das contas públicas.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior comentou nesta
quinta-feira (20) a questão do reajuste dos servidores. Em entrevista coletiva
concedida em Londrina, Ratinho Junior afirmou que o seu desejo é dar o reajuste
aos servidores, a data-base, mas que o problema é que o governo não tem
dinheiro.
“Estamos fazendo esforços, cortando mordomias, para
construir um projeto que permita, daqui a alguns meses ou no ano que vem, dar
reajuste aos funcionários. Minha função como governador é cuidar do equilíbrio
e garantir saúde financeira ao Estado”, disse.
Ele afirmou que o esforço para melhorar o estado não deve
ser só do governo, mas de toda a sociedade. “Podemos até pensar em reajuste,
mas seria necessário aumentar impostos. E precisamos perguntar para a sociedade
se quer aumento de imposto para dar reajuste para servidor”, disse ele.
“Essa é uma discussão complexa. Entendo o trabalho dos
servidores como árduo e importante. Mas temos de reconhecer que o Paraná está
pagando o salário em dia. Há muitos estados com dificuldades de pagar até mesmo
os aposentados e nós já estamos trabalhando para que o décimo terceiro esteja
na conta já no início de dezembro. Tem que haver clareza de que há esforço do
governo para ter as contas em dia”.
Nenhum estado do Brasil, lembrou Ratinho Junior, está dando
reajuste ao funcionalismo, porque o país está em crise, com a arrecadação
caindo. Ele citou Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, que estão
parcelando o pagamento dos seus servidores e não conseguindo pagar
aposentadorias.
“Minha obrigação como governador é não deixar o Paraná
entrar nesta situação, que infelizmente acontece com estados nossos irmãos e
que torcemos para que superem logo.”
Limite Prudencial
O governador destacou também a
questão de que o Estado não pode ultrapassar o limite prudencial nas despesas
com a folha de pagamentos. “De acordo com o determinado pelo Tribunal de
Contas e Secretaria do Tesouro Nacional, ultrapassar o limite significa ficar
negativado, o que incorre em perda de convênios e comprometimentos de
investimentos previstos no Estado. Minha função é ser guardião do orçamento”,
enfatizou.
O governador diz que o governo procura ações
periféricas para colaborar com o servidor, mas sem colocar em risco a
saúde financeira do Estado. “Não existe a possibilidade de reajuste, porque
representaria quase R$ 1 bilhão a mais de gastos. Temos que trabalhar com a
realidade. Isso exigiri aumento de arrecadação e a população já paga muito
imposto”.