Aumento de casos de dengue preocupa Paraná

78 municípios seguem em risco de epidemia e 117 estão em estado de alerta

A Secretaria de Saúde do Paraná (SESA) confirmou 530 novos casos de dengue na última semana. O boletim desta terça-feira (9) registrou 2.553 casos contra 2.028 na semana anterior.

Também foi confirmada uma morte por dengue em Cascavel, de uma mulher de 80 anos, portadora de hipertensão arterial e diabetes, que contraiu a doença na cidade onde residia. Agora são 3 mortes causadas pela doença no Estado, os outros dois casos foram registrados em Londrina, em pessoas que moravam no município.

“Estamos enfrentando a dengue com ações em parceria com os municípios e com o apoio de todas as Regionais de Saúde. Nossa mobilização é permanente com atividades de orientação de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zíka vírus em todas as cidades. Mas, precisamos da ajuda da população para a eliminação de focos, mantendo os quintais e terrenos limpos, sem lixo acumulado e sem recipientes com água parada”, destacou o secretário da Saúde Beto Preto.

A médica veterinária Ivana Belmonte, da SESA, explica que além da remoção de criadouros um trabalho mais aprofundado é feito nos municípios. “Diante dos casos notificados as equipes de Vigilância fazem a busca ativa por focos e criadouros em um raio de 9 quarteirões do local de contaminação”. 

O Paraná também registrou o primeiro caso autóctone de Zika Vírus, em São José dos Pinhais. Um homem, de 37 anos, contraiu a forma leve da doença e passa bem.

Incidência

A incidência da dengue no Estado é de 21,74 casos por 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde classifica como baixa incidência quando o número de casos autóctones for menor que 100 por 100 mil habitantes.

Os municípios com maior incidência de número de casos são: Japurá, Francisco Alves, Lupionópolis, Uraí, Santa Mariana, Itambé, Rancho Alegre, Leópolis, Abatiá, Cafeara, Moreira Sales e Santo Antônio do Paraíso.

Seguem em risco de epidemia 78 municípios e 117 estão em estado de alerta.

PG realiza capacitação integrativa dos Agentes de Endemias e Comunitários de Saúde

Durante toda essa semana a Prefeitura de Ponta Grossa, através da Fundação Municipal de Saúde (FMS), estará realizando uma capacitação integrativa dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE) e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACE). Essas capacitações fazem parte de um projeto aplicativo, que foi resultado do treinamento em entomologia, que aconteceu em Brasília, no ano de 2018 e seguem as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica a Saúde (PNAB).

A atividade iniciou nesta tarde de terça-feira (9) e segue até sexta-feira (12), os envolvidos foram divididos em duas turmas, das 13h30 às 17h, no Cescage, unidade central.  Aproximadamente 430 funcionários estão envolvidos na capacitação.  “Nesse primeiro encontro nos falaremos sobre a importância dessas duas classes trabalharem integradas em suas ações conforme preconiza a PNAB, e também sobre os vetores da dengue, febre amarela, Zika, chikungunya e métodos de controle. Todas essas doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, Aedes aegypti”, destaca coordenadora de Vigilância em Saúde, Priscila Alves.

O treinamento também está sendo uma estratégia de ação do plano de combate à Febre Amarela e Dengue, pois o tema está sendo reforçado com os Agentes. A capacitação é promovida pela equipe do departamento de Zoonoses municipal.

Treinamento exército

Ainda nesta semana, a equipe da Zoonoses também realizou uma capacitação para os militares do exército. O tema abordado também foi o Aedes aegypti, porém com foco apenas na doença febre amarela, pois serão realizadas novas ações em parceria. Na última semana, cerca de 70 pessoas foram envolvidas na atividade, desde militares, agentes de endemias e equipe de apoio.

A ação contemplou a região da Santa Paula, Shangrilá, Taquari e Verona, localidades com maior índice de infestação predial, e percorreu 7.935 imóveis. “A atividade foi muito positiva, conseguimos orientar a população sobre a importância da vacinação e explicar que o inseto transmissor da doença é o Aedes aegypti, também conhecido por causar a dengue, zika e chikungunya. Nossa intenção com o treinamento foi passar o maior número de informações referente a doença, para estarmos ainda mais preparados para a próxima ação em conjunto”, explica o coordenador da Zoonoses, Leandro Inglês.

Com informações da Assessoria de Imprensa