Cotidiano
Paraná confirma primeira morte por febre amarela
Trata-se de um homem trabalhador da zona rural de Morretes. Vacina é a única forma de prevenção contra a doença
Da Redação | 08 de março de 2019 - 00:46
Trata-se de um homem trabalhador
da zona rural de Morretes. Vacina é a única forma de prevenção contra a doença
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, no boletim
epidemiológico desta quinta-feira (7), a primeira morte por febre amarela no
Paraná. Trata-se de um homem de 64 anos, trabalhador da zona rural de Morretes.
Ele procurou atendimento ainda no Litoral, mas foi transferido de helicóptero
para Curitiba, onde morreu. Ele não era vacinado. O local de provável infecção
ainda está sendo investigado.
A única forma de prevenção contra a febre amarela é a
vacina, que está disponível em todas as unidades de saúde de todos os
municípios do Paraná. Desde janeiro já foram aplicadas 216.339 mil doses em
todo o Estado.
O secretário da Saúde, Beto Preto, lembra que o mosquito
transmissor do vírus da febre amarela entrou no Paraná pela mata atlântica do
Vale do Ribeira, vindo do Estado de São Paulo, que registrou este ano 38 casos,
com nove mortes; no ano passado, foram 503 casos da doença, com 176 mortes no Estado
vizinho. “O Paraná está enfrentando a doença com muita determinação e
trabalhando com transparência”, afirma o secretário.
Casos
Até o momento, a partir de janeiro, foram confirmados oito
casos da doença no Paraná (incluindo a morte). Ainda estão em investigação 62
notificações; e já foram descartados 129 casos. Os confirmados residem em
Curitiba, Antonina, Morretes, Campina Grande do Sul e Adrianópolis. A maior
parte foi contraída em Guaraqueçaba.
A imunização leva 10 dias para entrar em ação, portanto é
recomendado o uso de repelente, mangas e calças compridas, especialmente para
quem está perto de matas, já que a febre é silvestre.
A vacinação é recomendada a pessoas entre 9 meses e 59 anos. Além dessa idade ou gestantes, lactentes e pessoas com doenças crônicas devem procurar orientação médica e apresentar receita para receber a vacina.
A morte de macacos, um importante sinal da circulação do
vírus da febre amarela, está confirmada em dois municípios – Morretes e
Antonina, que registrou o primeiro alerta da presença do vírus ainda em meados
de janeiro. Em doze municípios há mortes de macacos sob investigação, mas em
outros 15 não foi possível coletar amostras para enviar ao laboratório,
portanto não se pode descartar a presença do vírus.