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Retrocesso aumenta importância de filmes como ‘As Sufragistas’

Retrocesso aumenta importância de filmes como ‘As Sufragistas’

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Mulheres são desequilibradas. Não possuem calma suficiente para julgar questões políticas e, por isso, não podem ter o direito de votar. Por mais ultrapassada que essa ideia possa parecer hoje, não era encarada como tão absurda assim em muitos países em um passado recente. Na Londres de 1912, por exemplo, as mulheres tinham que lutar – e muito! – pela conquista do simples ato de serem ouvidas. E, quando eram ouvidas, seus argumentos caíam rapidamente no desprezo.

Toda repressão valia a pena enquanto a supremacia machista não era pequena. Isso servia de base para uma sociedade na qual as próprias mulheres olhavam com (muito) maus olhos suas iguais que ousavam desafiar o esquema trabalho-quase-escravo+filhos+marido=tudo-o-que-se-espera-para-uma-mulher. Quanto mais reclusa, quieta, pacata e conformada era a mulher, melhor. Isso, claro, para os políticos e uma parcela dos homens (não todos, frise-se) defensores da negação de mais direitos às suas mães, esposas, filhas, vizinhas... É sobre tudo isso (e mais) que trata o filme ‘As Sufragistas’.

Emmeline Pankhurst, vivida por Meryl Streep, convocou uma campanha nacional de desobediência civil para tentar alterar essa realidade. A produção dirigida por Sarah Gavron e roteirizada por Abi Morgan (roteirista de ‘A Dama de Ferro’ e corroteirista do excelente ‘Shame’, com Steve McQueen) não poupa o espectador de mostrar as consequências que o grupo que dá nome ao filme sofreu por agitar a Londres do início do século XX em nome de mudanças.

‘As Sufragistas’ destaca (ou relembra) algo bem importante: aquilo que hoje é encarado como tão óbvio, normal, natural, nem sempre foi assim. Não raras vezes, suor, sangue e lágrimas precisaram escorrer para que as coisas mudassem. Clichê? Discurso evidente? Nem tanto. Há sempre espaço para o retrocesso. As hordas de haters da internet estão aí para provar. Nesse contexto, um filme como ‘As Sufragistas’ potencializa sua importância.

*Texto de Tiago Luiz Bubniak

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