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Armas e suas maldições

Armas e suas maldições

Imagem ilustrativa da imagem Armas e suas maldições

A noite é quase eterna em ‘A Maldição da Casa Winchester’. O uso de pouca iluminação é apenas um dos tantos clichês sob o qual se sustenta este filme dirigido por Michael Spierig e Peter Spierig. É muito difícil para um filme de terror estruturar-se sem fazer uso de elementos tantas vezes presentes em outros filmes do gênero.

‘A Maldição da Casa Winchester’ não escapa dessa “maldição”. Corredores, portas e janelas que escondem monstruosidades (reais ou, quem sabe, elaboradas pela imaginação). Espíritos maldosos dispostos a vingar-se. Possessões. Ventos misteriosos que surgem do nada. O filme tem tudo isso.

Não falta ambiente para o sombrio no cenário desta produção baseada em fatos reais. Afinal, trata-se de uma mansão com 160 cômodos e que, sob a ordem de sua dona, Sarah Winchester (Helen Mirren), está em permanente construção. Sobram labirintos onde o mal pode transitar e esconder-se. Sabe aquela aparição repentina na tela de algo estranho ou assustador, acompanhada do aumento exagerado do volume do som não diegético (aquele que é inserido depois da gravação, alheio à cena) com a finalidade de fazer o espectador dar pulos? ‘A Maldição da Casa Winchester’ abusa desse recurso, chegando a irritar.  

Na trama, Sarah acredita que sua casa precisa ser ampliada para abrigar espíritos de vítimas das armas que sua empresa fabrica e comercializa. Quem chega para atestar sua sanidade (ou insanidade) é o psiquiatra Eric Price (Jason Clarke). A dinâmica entre os dois estabelece mais um clichê das produções do gênero: o embate entre a crente e o cético quando o assunto são fenômenos sobrenaturais.

Há muitos pequenos pecados. Além dos já citados, o filme demora a mostrar a que veio e a solução dada pelo roteiro ao conflito é rápida, preguiçosa e, portanto, pouco convincente. O que mais marca em ‘A Maldição da Casa Winchester’ é a mensagem: armas podem tranquilamente carregar maldições, histórias de vidas destroçadas por ódio, acidentes ou mentes perturbadas. A relação mais que óbvia com os constantes casos de tragédias envolvendo armas de fogo nos Estados Unidos torna a história, que acontece em abril de 1906, completamente atual. 

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