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Segurança nacional ou liberdade de imprensa?

Segurança nacional ou liberdade de imprensa?

Imagem ilustrativa da imagem Segurança nacional ou liberdade de imprensa?

Desde seus primeiros segundos ‘The Post: A Guerra Secreta’ apresenta ritmo agitado na dinâmica dos diálogos e dos cortes. É uma menção ao trabalho frenético em uma redação próxima do fechamento. Em algumas cenas ouve-se o som das máquinas de escrever manipuladas febrilmente por jornalistas.

Mas se o ritmo das falas e das transições de cenas é intenso desde o começo, o mesmo não se pode dizer do fluir da história em si. O filme sofre de uma contextualização inicial que parece interminável: tem cerca de uma hora, ou seja, a metade de todo o trabalho.

Feita essa ressalva, a produção dirigida por Steven Spielberg finalmente progride em sua segunda parte, quando apresenta aquilo que efetivamente é a proposta básica. No caso, mostrar o difícil processo de apuração jornalística e tratamento dos dilemas éticos e legais decorrentes da publicação (ou não) de documentos secretos do Pentágono que comprovam que o governo dos Estados Unidos mentiu sobre a atuação do país na Guerra do Vietnã.

Kat Graham (Meryl Streep) é a dona do ‘The Washington Post’; Ben Bradlee (Tom Hanks), o editor-chefe. Os dois estão presentes em inúmeras cenas nas quais dialogam sobre os meios de conciliar o processo de sobrevivência do jornal no mercado com a garantia de um trabalho respeitável e útil para a sociedade, pautado pela liberdade de imprensa.

A chegada dos documentos às mãos dos funcionários do ‘The Washington Post’ amplia a discussão e eleva o nível do filme. Dentre as cenas que ganham destaque nesse contexto está aquela que mostra o trabalho de equipe para organizar, em poucas horas, o quebra-cabeça de quatro mil páginas.

O filme também concede espaço para falar de emancipação das mulheres, considerando que Kat é constantemente retratada como figura feminina solitária em ambientes dominados por homens, seja na Bolsa de Valores (quando abre o capital da empresa), seja no próprio jornal. Um contraponto acontece no momento em que ela sai da Suprema Corte sob os olhares de admiração de várias mulheres em razão do papel que estava exercendo.

Numa das cenas é citado o jornalismo como “primeiro rascunho da História”. A essência da trama deixa isso claro. Excetuando-se a contextualização inicial problemática, o restante dá o recado com competência. 

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