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‘O Rei do Show’ prova o quanto musicais podem ser obras de arte

‘O Rei do Show’ prova o quanto musicais podem ser obras de arte

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Musicais não são bem recebidos por muitos, mas, certamente, podem ser considerados um dos gêneros mais desafiadores de serem executados. Como oferecer ao público canções que sensibilizem e, ao mesmo tempo, tenham conteúdo e relação coerente com as demais cenas não musicadas? Que coreografias utilizar e como deixá-las orgânicas, inseridas de modo inteligente no relato como um todo? Qual a melhor forma de fazer as transições entre as cenas, lançando o espectador de um ambiente a outro de modo criativo e, não raras vezes, tão suave que a transição torna-se (mais um) motivo para surpreender?

‘O Rei do Show’, com direção de Michael Gracey, consegue respostas satisfatórias, na prática, a todas essas questões. Um olhar mais atento mostra cuidado com os detalhes, dos cenários ao figurino, dos movimentos de câmera às coreografias, da interpretação dos atores à fluência do roteiro, das mensagens que lança às canções que oferta. Benj Pasek e Justin Paul são os responsáveis pelas músicas. Eles ganharam o Oscar 2017 de Melhor Canção Original por ‘City of Stars’, do filme ‘La La Land: Cantando Estações’. 

‘O Rei do Show’ é inspirado na história real de Phineas Taylor Barnum (Hugh Jackman), considerado um dos pais do circo moderno. Foi um empresário estadunidense, que nasceu em 1810, morreu em 1891 e ascendeu socialmente apresentando fraudes ao público. No filme, um dos destaques é a equipe montada por ele com pessoas com alguma característica diferente da maioria.

Nesse contexto, a produção escrita por Jenny Bicks e Bill Condon contempla uma mensagem afiada sobre respeito às diferenças e preconceito de classe social. Hugh Jackman exibe novamente a desenvoltura demonstrada no também musical ‘Os Miseráveis’ para encarnar a leveza e o otimismo de um homem devotado a divertir as massas em troca de dinheiro. Existe o destaque de mostrar o quanto Barnum é capaz de utilizar as críticas a seu favor e de reerguer-se toda vez que passa por dificuldades. Por outro lado, mesmo que não tão intensamente, percebe-se um questionamento sobre a legitimidade moral do que o empresário faz.

Ao fim da projeção, é possível ratificar a impressão que se cria desde o início: a obra é diferenciada e digna de destaque, tanto em termos técnicos quanto de oportunidade e atualidade da mensagem.

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