Campos Gerais
Revitalização do Alagados é estimada em R$ 30 milhões
Apesar da expectativa, valor total da recuperação ainda deve ser confirmado por estudos. Força-tarefa para evitar baixa no nível d’água ganhou apoio da prefeitura de Carambeí.
Rodrigo de Souza | 16 de agosto de 2019 - 15:20
Apesar da expectativa,
valor total da recuperação ainda deve ser confirmado por estudos. Força-tarefa para
evitar baixa no nível d’água ganhou apoio da prefeitura de Carambeí.
Uma reunião entre o vereador Pastor Ezequiel Bueno (PRB), de
Ponta Grossa, e o prefeito de Carambeí, Osmar Blum (PSD), traçou estratégias
para colocar em prática o plano de revitalização da Bacia de Alagados, área na
região dos Campos Gerais que abastece alguns municípios e sofre há anos com a
baixa no nível d’água. Os dois se encontraram durante a semana para discutir
sobre o tema.
A Bacia faz parte do sistema de distribuição de água e de energia
elétrica para as duas cidades. Ao longo dos anos o espaço apresenta constantes
quedas no nível d’água, o que preocupa as autoridades em relação a uma ‘pane’
no funcionamento da Sanepar e da Copel nos próximos anos.
Na reunião, Blum colocou a estrutura da prefeitura de
Carambeí à disposição dos trabalhos na bacia. Além dele, também estavam
presentes o secretário de Meio Ambiente, Rosnei Rodrigues de Oliveira, e o
chefe de gabinete Márcio Taques. Segundo Ezequiel, o prefeito de Carambeí se
mostrou bastante otimista com as ações. “Expliquei como estão avançadas as
conversas em Ponta Grossa com o governo do Estado. É necessário o apoio de
todos em um trabalho deste tamanho”, contou o vereador.
Estudos técnicos devem ser realizados para calcular os
custos do processo de dragagem e restauração no entorno da bacia. No entanto,
uma estimativa inicial é de que sejam necessários cerca de R$ 30 milhões para a
revitalização. “Não é pouca coisa. Por isso tem que ser rateado entre Sanepar,
Copel, Instituto das Águas e [Secretaria do Estado de] Meio Ambiente. Os
municípios precisam dar uma contrapartida também”, diz o vereador.
O assunto também é discutido pelo Iate Clube de Ponta
Grossa, pela Associação de Moradores do Alagados (AMA) e por lideranças da Vila
Ernestina. Os envolvidos pedem um investimento para que seja feita, além da
dragagem da terra que assoreia a represa, um trabalho de captação da água da
chuva em toda a bacia do Alagados. Nos últimos dias, o líder do governo na
Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Hussein Bakri (PSD), e o
secretário do Estado de Meio Ambiente, Márcio Nunes, estiveram em Ponta Grossa
para tratar sobre o tema.
Nível da represa
baixou cerca de 15 metros
Em entrevista recente, o vereador explicou que o último
período de chuvas trouxe uma sensação de que tudo está normal, mas a estiagem
recente mostrou a realidade da represa. “O nível de água está em somente cinco
metros, aproximadamente. Os moradores dizem que esse nível já chegou a ser de
20 metros em anos anteriores. O que acontece é que está baixando muito a água e
o medo da população é que a represa um dia acabe”, afirmou.