Lula precisará de nova cirurgia para prevenir novo sangramento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido a uma nova cirurgia na próxima quinta-feira (12) para interromper o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro e evitar a formação de novos coágulos. O procedimento, chamado de embolização das artérias meníngeas, visa bloquear as artérias responsáveis pela irrigação das meninges, as membranas que revestem o sistema nervoso central.

Essa é uma medida complementar à trepanação realizada na segunda-feira (9), quando Lula passou por uma cirurgia de cerca de 2 horas para drenar um hematoma na região frontal e parietal do cérebro. De acordo com boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, onde o presidente está internado em São Paulo, este novo procedimento cirúrgico tem o objetivo de "complementar" o tratamento anterior. Lula permanece na UTI desde a primeira intervenção e recebeu ordens médicas para restringir as visitas durante sua recuperação.

Os médicos explicaram que este tipo de complicação, com o surgimento de coágulos após quedas em pessoas idosas, é relativamente comum. O acompanhamento médico contínuo e a realização de exames de imagem periódicos são essenciais para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, evitando possíveis sequelas. Após a nova cirurgia, a equipe responsável pelo tratamento de Lula espera que ele possa retomar gradualmente suas atividades oficiais, com as viagens longas sendo liberadas conforme a evolução do quadro clínico.

ENTENDA - Os médicos responsáveis pelo tratamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva detalharam nesta sexta-feira (10) a cirurgia realizada na madrugada para drenar um coágulo na cabeça do mandatário. Segundo a equipe, o sangramento de 3 centímetros estava localizado entre o cérebro e a membrana que o reveste, na região do lobo frontal e parietal.

O procedimento, chamado de trepanação, envolveu pequenas perfurações no crânio para a instalação de drenos que retiraram o acúmulo de sangue. Lula deu entrada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sentir dores de cabeça e mal-estar no ontem. Exames de imagem detectaram o novo coágulo, resultado da queda que ele sofreu no banheiro de sua residência em 19 de outubro.

A cirurgia, que durou cerca de 2 horas, foi bem-sucedida e o presidente não apresentou nenhum dano cerebral ou complicação neural, ou motora, afirmaram os médicos. Ele deve permanecer internado por mais 48 horas na UTI, para observação, e depois terá alta, devendo retornar a Brasília na próxima semana.

Com informações de Exame.