Maternidade lotada faz médico abandonar plantão
Publicado: 10/01/2014, 20:03
O médico de plantão abandonou a maternidade do Hospital Evangélico, em Ponta Grossa, por estar "emocionalmente abalado". Isso é o que afirma a direção do Hospital: o médico não teria suportado o stress da função e, simplesmente, deixou o plantão. O caso aconteceu durante a tarde na quinta-feira (9), e hoje a diretoria do Hospital convocou uma coletiva de imprensa para esclarecer a situação.
Segundo o diretor clínico do Evangélico, Adilberto Raymundo, o caso de ontem foi "isolado" e foi provocado por um "descontrole emocional" do médico em questão. "O médico que deixou o plantão é plenamente capacitado tecnicamente, mas emocionalmente ele não está preparado para assumir um plantão. Por isso, ele não faz mais parte da equipe do Hospital", disse Raymundo.
Ainda segundo a direção do Hospital, assim que o médico abandonou o plantão, o próprio Adilberto Raymundo assumiu o trabalho até a chegada de outro profissional. Raymundo também informou que a superlotação de quinta-feira foi "sazonal" e nessa sexta-feira 10 leitos já estavam vagos na maternidade. A capacidade máxima do Evangélico é para 52 leitos dedicados aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O chefe da 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa, Jaime Menegoto Nogueira, também participou da coletiva e disse que "não há mais filas de espera" para gestantes na cidade. Menegoto também reafirmou que o caso do Evangélico foi uma situação à parte e que o Hospital "está plenamente capacitado" para atender às gestantes.
A direção do Hospital Evangélico informou que o médico que abandonou o plantão não faz mais parte da equipe da instituição.