Empresa sob investigação tem quatro obras em PG
Publicado: 23/09/2015, 07:32
A Polícia Civil do Paraná deflagrou na manhã de terça-feira (22) a segunda fase da Operação Quadro Negro, que apura supostos desvios de recursos públicos por meio de contratos com a empresa Valor Construtora e Serviços Ambientais, que realiza obras em escolas da rede pública. A equipe de reportagem do Jornal da Manhã identificou três contratos firmados entre a Prefeitura de Ponta Grossa e a Valor Construtora, com um valor total firmado de R$ 6.310.831, segundo informações obtidas nos contratos 540/2013, 602/2013 e 603/2013. A Prefeitura chegou a pagar R$ 2.015.231,74 para a Construtora, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, e nenhuma das obras foi concluída.
Os contratos são referentes as obras realizadas na Escola Estadual Francisco Pires Machado, na Escola Municipal Professor Kamal Tebcherani e no Centro Municipal de Educação Infantil Sophia Adamowicz. O primeiro caso trata-se da construção de um novo bloco escolar na Escola Francisco Pires, no bairro Cará-Cará, e o preço total para o ajuste foi firmado em R$ 4.756.831,30 – obra em convênio com o Governo do Estado. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ponta Grossa, a obra chegou a ter 35,3% de execução, conforme as últimas medições, e o valor pago para a construtora foi de R$ 1.516.673,45.
Outra obra foi a reforma e ampliação da Escola Municipal Professor Kamal Tebcherani, localizada na Rua Alfredo Pietrobelli no Jardim. Esplanada, com um preço total de R$ 760.005,11, sendo que R$ 247.926,43 foram pagos para a Valor Construtora – a obra também não foi concluída. O último contrato firmado trata das obras da reforma e ampliação no Centro Municipal de Educação Infantil Sophia Adamowicz, na Rua Alfredo Hofmann no Jardim Los Angeles, com valor firmado em R$ 794.869,74 – a ampliação foi quase finalizada, segundo a Prefeitura de Ponta Grossa, e o valor pago foi de R$ 250.631,86.
A equipe de reportagem do Jornal da Manhã tentou entrar em contato com a Valor Construtora, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição do jornal.
OBRAS ABANDONADAS - Contratos chegam a R$ 7,7 mi
A primeira fase da Operação Quadro Negro, iniciada no dia 21 de julho, também investigou a possibilidade de desvios nas obras do Colégio Estadual Professora Linda Salamuni Bacila. As obras começaram em fevereiro de 2015, com um valor de construção de R$ 1.416.450,47. A Construtora Valor abandonou a obra após realizar apenas a fundação. Ao considerar todas as quatro obras de escolas em Ponta Grossa, os contratos firmados com a Valor Construtora chegam a um valor de aproximadamente R$ 7,7 mi. Nenhum dos três foi rescindido, mas seguem sob análise da Procuradoria Geral do Município.
As informações são de Stiven de Souza do Jornal da Manhã