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CMT terá responsabilidade maior no aumento da passagem

Apesar de pedido do presidente do conselho para que proposta fosse rejeitada, vereadores aprovaram projeto de lei que dá caráter deliberativo ao grupo.

Celso Alves esteve na Câmara para defender que proposta fosse recusada
Celso Alves esteve na Câmara para defender que proposta fosse recusada -

Rodrigo de Souza

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Apesar de pedido do presidente do conselho para que proposta fosse rejeitada, vereadores aprovaram projeto de lei que dá caráter deliberativo ao grupo.

Nem mesmo o depoimento contrário de Celso Alves, presidente do Conselho Municipal de Transporte (CMT) de Ponta Grossa, foi capaz de fazer com que os vereadores voltassem atrás e recusassem, em segunda discussão, a aplicação do caráter deliberativo à entidade. Durante a sessão desta quarta-feira (18) na Câmara, os membros da Casa voltaram a aprovar o projeto de lei nº 24/2019, de autoria do Poder Executivo, que amplia as responsabilidades do conselho em relação às decisões do transporte.

O tema gerou amplo debate na Câmara e até mesmo discussões mais acaloradas. O principal ponto foi o voto do vereador Pietro Arnaud (Rede), que apesar de fazer parte do grupo de oposição ao prefeito Marcelo Rangel (PSDB), votou favorável à proposta – assim como já havia feito na sessão de quarta-feira (13), quando foi aprovada em primeira discussão. O vereador alegou que dar poder deliberativo ao conselho seria benéfico para outras decisões que vão além do reajuste tarifário – como a retirada de trocadores dos ônibus interterminais, conhecidos como ‘Sem Parar’.

A posição de Pietro, no entanto, foi criticada por alguns membros da oposição. No microfone, o companheiro de partido Geraldo Stocco (Rede) chegou a afirmar, mesmo que em tom de brincadeira, que o vereador estaria se tornando um ótimo parlamentar da base aliada de Rangel. O argumento oposicionista era de que a proposta tiraria do prefeito de Ponta Grossa a responsabilidade sobre o aumento da tarifa. Já a base de Rangel se fundou na ideia de que a medida levaria as responsabilidades para onde deveria ir: um conselho técnico e repleto de profissionais gabaritados para discutir sobre os temas.

Ao fim, foram 12 votos favoráveis à proposta e 10 contrários – o voto de Pietro foi primordial, já que a medida acabou sendo aprovada sem a análise do presidente da Casa, Daniel Milla (PV), que daria o voto de minerva. Ainda assim, Milla também pertence à base do governo e dificilmente o projeto teria um desfecho diferente.

A aprovação desagradou o Celso Alves e os demais membros do Conselho, que estiveram presentes na Câmara para acompanhar a votação. Um deles, logo após confirmada a aprovação, gritou: “ano que vem tem eleição”, se referindo aos vereadores que votaram favoravelmente à medida e em desacordo com a opinião do CMT.

Ainda assim, Alves foi enfático em dizer que a aprovação não tiraria a responsabilidade de Rangel no decreto de novos valores da passagem e também deixou claro que a escolha da maioria dos vereadores poderia resultar em uma ‘debandada’ de conselheiros. Isso porque o grupo foi escolhido para tomar decisões de caráter consultivo, sem saber que a legislação seria alterada no decorrer da gestão. Os conselheiros ainda entregaram um ofício aos vereadores, antes do início da sessão, pedindo que a proposta fosse recusada.

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