Presos da PEPG vão trabalhar na jardinagem da UEPG

Parceria poderá contratar até 10 detentos de forma permanente para trabalhar na instituição

Seis detentos da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa realizam a manutenção da jardinagem do Campus Uvaranas durante o mês de janeiro. O trabalho é resultado de uma parceria firmada entre a Universidade, Penitenciária e Departamento Penitenciário Estadual. Nos próximos dias, novas vagas serão abertas para serventes de obra, eletricistas, marceneiros e mecânicos. A ideia é contratar 10 detentos de forma permanente, via Departamento Penitenciário, sem vínculo trabalhista com a instituição.

Segundo o chefe de gabinete da reitoria, Rauli Gross Junior, a iniciativa oportuniza a reabilitação e reinserção social dos detentos atendidos, além de resultar em remissão da pena. A cada três dias trabalhados, um é deduzido da condenação.

Gross enfatiza que um dos objetivos da nova gestão da Universidade é a ampliação do canteiro de trabalho para os detentos e a aproximação do Departamento Penitenciário com a comunidade universitária. “Queremos valorizar projetos de pesquisa e de extensão que otimizem a reabilitação criminal e a ressocialização dos egressos”, diz. O ‘hospital de livros’ é um exemplo de atividade que já desenvolvida em que detentos restauram de obras para as bibliotecas da UEPG.

Reabilitação e ressocialização

Para Rauli, a valorização humana está no enxergar o próximo dando oportunidades, e não apenas com o olhar de medo e preconceito para com aqueles que violam as regras legalmente instituídas.“Eu sempre procurei, na área da criminologia, centrar o olhar em direção a entender o porquê dos desvios de comportamento - e de destacar as oportunidades para mostrar o valor do trabalho do apenado para a comunidade”.

Rauli diz que em 2011 iniciou o projeto de extensão “Núcleo de estudo e acompanhamento das execuções de pena na Vara de Execuções Penais na comarca de Ponta Grossa”. Na época, começou a desenvolver ações voltadas à inclusão social que permitissem o acesso dos detentos à cultura através do projeto “Remissão da Pena através da leitura”; acesso a filmes relacionados aos direitos humanos e cidadania; e na oportunidade do atendimento proporcionado junto ao Núcleo de Prática Jurídica da instituição.

Com informações da Assessoria