PG preenche 96% das vagas do ‘Mais Médicos’
Apenas dois dos 56 profissionais esperados não se apresentaram para iniciar atendimento no município
Publicado: 10/01/2019, 20:00
Apenas dois dos 56 profissionais esperados não se apresentaram para iniciar atendimento no município
Ponta Grossa teve êxito em preencher 54 das 56 vagas disponíveis para o programa ‘Mais Médicos’. O prazo para que os profissionais inscritos na segunda chamada do edital do Programa Mais Médicos se apresentassem nos municípios onde irão atuar encerrou nesta quinta-feira (10).
As duas desistências já foram comunicadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ao Ministério. A próxima chamada do programa acontece nos dias 23 e 24 de janeiro, para profissionais brasileiros formados no exterior. Nos dias 30 e 31 de janeiro, os médicos estrangeiros terão acesso ao sistema para optarem pelas localidades com vagas em aberto. Segundo o órgão federal, mais de 10 mil profissionais que se encaixam nestes critérios já se inscreveram. Em todo o país, o programa conta com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
Em Ponta Grossa, cada médico das Unidades Básicas de Saúde (UBS) é responsável pelo atendimento de 4 mil moradores. A saída dos profissionais deixaram 240 mil pessoas desamparadas na cidade. O secretário adjunto de Saúde do municípioe Ponta Grossa, Robson Xavier, comemorou a retomada da maioria dos profissionais ao município: “Para Ponta Grossa essa ocupação das vagas é muito importante. Desde 2013, quando priorizamos a atenção básica, tivemos um concurso em 2014 e só tivemos a aprovação de 11 candidatos. O programa veio suprir essa demanda com os médicos cubanos chegando a nossa cidade”. Segundo Xavier, em outro concurso realizado no ano passado, só 25 profissionais estavam aptos para iniciar a trabalhar imediatamente.
Robson acredita que as duas vagas serão preenchidas nas próximas etapas do processo seletivo. Para ele, o projeto tem cumprido sua função no país: “O programa tem cumprido o seu papel de ajudar na fixação de médicos em municípios com esta lacuna. Embora estejamos em um centro importante, próximos da capital do estado, ainda temos essa dificuldade”, analisa. O secretário-adjunto complementou que vê esse problema diminuindo a médio prazo na região.
Relembre o caso
No dia 14 de novembro, o Governo de Cuba anunciou a saída do programa. No mesmo dia, o prefeito Marcelo Rangel convocou coletiva de imprensa para apresentar a gravidade da situação no município. Dos 80 médicos de atenção primária no município, 60 eram cubanos – quatro deles permaneceram na cidade. No dia 20, os profissionais interromperam o atendimento no Brasil e novos médicos chegaram no município no dia 3 de dezembro. “Os primeiros 15 dias foram os mais complicados nesse processo. Desde o dia 3 de dezembro os novos profissionais começaram a chegar e essa questão foi se resolvendo aos poucos”, relembra Robson Xavier.