Ecossistema das Startups de PG será detalhado em estudo

Levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Startups e será divulgado nas próximas semanas. Cidade possui cerca de 150 Startups 

Nas próximas semanas, os representantes do setor de tecnologia em Ponta Grossa tomarão conhecimento sobre os detalhes do ambiente das startups na cidade. Está prestes a ser revelado o mapeamento do ecossistema do setor, realizado pela Associação Brasileira de Startups, a ABStartups. A lista de cidades analisadas é pequena, escolhida ‘a dedo’ pela Associação, cujo diretor esteve em Ponta Grossa no início deste ano. A partir desse mapeamento e da divulgação do estudo, o objetivo é avaliar soluções específicas para atender os problemas identificados no mapeamento, explica Thaise Amaral Orita, consultora do Sebrae/PR e gestora do Projeto de Startups no município e na região.

As cidades escolhidas foram aquelas que a Associação entendeu ter maior potencial de desenvolvimento de startups – e Ponta Grossa foi a segunda cidade visitada pelo diretor da associação. É a partir do resultado que os pontos principais serão ajustados para que hajam as conexões entre universidades, mentores, parceiros e um ecossistema favorável, criando uma ‘comunidade’. “O diretor da Associação, que é o responsável pelas comunidades, veio para Ponta Grossa e com ele fizemos visitas técnicas nas universidades, na prefeitura, em todos os parceiros que acompanham o sistema de inovação (Assespro, CAES, empresários do setor de TI, entre outros). Conversamos sobre a Lei de Inovação, sobre os incentivos à inovação e sobre a criação e retenção de startups em Ponta Grossa e na região”, disse. 

Ao detalhar o mapeamento, Thaise adiantou algumas informações sobre o setor na cidade. Ela recorda que quando o projeto foi iniciado em Ponta Grossa, em 2015, não havia nenhuma Startup registrada no município. Hoje, contudo, já foram mapeadas 150, todas ativas. “Entre elas estão desde as que precisam de investimento até aquelas que já estão atendendo clientes em todo o Brasil”, informa. Neste último caso, ela cita a SantéMed e a Enfoca Chatbots, as quais estão em fase de ‘tração’. “Elas Já passaram por toda a fase de mercado”, informa, explicando que essas últimas já possuem faturamento próprio, por exemplo.

Pelo levantamento feito, Thaise explica que foi observado, por exemplo, que faltam ações de inovação e que, por outro lado, há muito potencial de capital intelectual em Ponta Grossa e região. Ela citou também o envolvimento do Sebrae e da Prefeitura de Ponta Grossa para a criação do centro de Inovação, a partir do estudo desenvolvido pela Fundação Certi, inicialmente previsto para ser instalado em um espaço no Mercado Municipal. “Vimos também que a Frísia tem um programa de inovação, que lá eles colocam os funcionários para trabalhar em inovação. E com todo esse levantamento conseguimos entender o setor”, alega.

Sebrae possui vários programas

O Sebrae tem programas para o desenvolvimento de Startups, informa Thaise. Há ações específicas desde a pré-aceleração, iniciada em março e que vai até novembro, que é para fase bem inicial. Há a o programa de iniciação, quando se já tem, por exemplo os clientes definidos, e depois tem o programa de tração, para as que estão em desenvolvimento mais elevado. Há, ainda, o programa Capital Inovador, junto aos investidores anjos, e o programa Capital Empreendedor, do Sebrae Nacional. “Todas essas ações e programas são diferenciais em relação a outros estados. O Paraná tem saído na frente, isso foi levantado e chamou a atenção da associação”, informa a consultora.