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Alto valor de importação possibilita novos investimentos em PG

Mais de R$ 1,3 bilhão em produtos foram importados de janeiro a setembro. Cidade poderia receber indústrias ‘satélites’

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Fernando Rogala

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Reconhecido nacionalmente como um dos municípios que mais exportam produtos, Ponta Grossa também ocupa posição de destaque no ranking de importações no território brasileiro entre as 100 principais do país. Entre janeiro e setembro, o valor em produtos adquiridos de outros países atingiu US$ 337 milhões, o que se for convertido baseado no dólar a R$ 4,07, no último dia útil de setembro, significa que R$ 1,37 bilhão chegou a Ponta Grossa, seja como matéria prima para indústrias ou maquinários para a atualização do parque fabril. Esses números, contudo, podem ser lidos de outra forma: oportunidade de negócios para a instalação de empresas do ramo na cidade. 

Essa observação foi feita pelos professores doutores em Desenvolvimento Econômico, Alex Sander Souza do Carmo e Augusta Pelinski Raiher, que concederam uma entrevista ao vivo, na tarde desta quarta-feira, ao Portal aRede. Eles, que integram o Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (NEREPP) do Departamento Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, relataram as características da balança comercial ponta-grossense, inclusive a possibilidade do aumento do parque industrial por empresas ‘satélites’ de outras, e não apenas das instaladas na cidade, mas também em outras cidades ou estados próximos, pela logística privilegiada. 

“As exportações de Ponta Grossa são muito concentradas em produtos de baixo valor agregado, que sofrem pouco processo industrial, enquanto que as importações são produtos com maior valor agregado”, observa o professor. Entre os exemplos de produtos mais importados de Ponta Grossa estão adubos e fertilizantes, partes e acessórios de veículos automotores, ferramentas hidráulicas, máquinas de lavagem, motores de pistão e coreias transportadoras. A quantidade de produtos importadas foi bem grande, passando de 150. 

Com isso, Augusta informa que parte desses produtos poderia ser fabricado na cidade. “Se os planejadores públicos olharem, eles conseguem ver onde há oportunidades, porque muito do que se importa, é encadeamento. Então a cidade poderia estar se industrializando e dinamizando”, explica ela. O professor Alex Sander do Carmo citou o exemplo da DAF. “Acredito que várias empresas, ao longo dos anos, vão se instalar em Ponta Grossa. (...) Então setores como de máquinas e peças seriam interessante se instalar na região de Ponta Grossa e dos Campos Gerais”, esclarece. 

Localização estratégica é facilitador

Alex Sander explica o processo fabril. Ele lembra que embora haja uma indústria na cidade, muitos dos insumos para ela, para fabricar o produto final, são importados de outros países. “Por esse motivo, ao invés de importar, essa empresa pode se instalar aqui na região, para começar a vender aqui dentro. E se a empresa se instala aqui, é importante porque gera imposto para desenvolver depois os municípios, gera emprego, gera renda, enfim, tem um efeito multiplicador muito forte”, informa. Como Ponta Grossa tem uma localização estratégica, fica em posição privilegiada para fornecer outras empresas fora da cidade, por ter proximidade com capitais, grandes centros e porto.

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