Justiça libera empresário preso por receptação

O empresário de Ponta Grossa preso em uma operação da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas de Curitiba conseguiu um habeas corpus e foi liberado pela Justiça. Segundo o advogado do empresário, Renato Tauille, ele teria sido vítima de uma quadrilha e não tinha conhecimento da origem da carga. 

A defesa anexou ao pedido de habeas corpus notas fiscais da compra da mercadoria, avaliada segundo a polícia em R$ 1,5 milhão. “Esta foi a primeira vez que ele comprou a carga deste fornecedor. O vendedor apresentou as notas fiscais e o valor pago pela mercadoria era condizente ao preço do mercado. Não há nada que indique que ele tinha conhecimento da origem ilícita do produto”, afirma Tauille. 

O habeas corpus foi concedido na tarde desta segunda-feira (18). No último sábado (16), a prisão do empresário foi mantida em uma audiência de custódia realizada no Fórum de Ponta Grossa e ele passou o fim de semana na carceragem da delegacia. A prisão aconteceu na sexta-feira (15). 

Segundo as investigações da Polícia Civil, uma distribuidora localizada no Bairro Boa Vista seria o destino principal de quase 15 toneladas de picanha uruguaia roubada no município de Itajaí, em Santa Catarina. A mercadoria teria sido interceptada por uma quadrilha em Itajaí e levada até Maringá, onde os policiais localizaram o caminhão roubado. A partir de indícios levantados em Maringá, as equipes foram até Sarandi, onde foram apreendidos os aparelhos bloqueadores de sinal do rastreador e verificados diversos indícios de que naquele local ocorreu o transbordo da carga. O proprietário do local e as pessoas envolvidas na locação do imóvel foram ouvidas em cartório na delegacia de Sarandi e liberadas em seguida.

Nos Campos Gerais, a polícia encontrou a maior parte do produto em uma distribuidora e prendeu o dono do comércio. O gerente de uma churrascaria foi conduzido para depoimento.