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Greve ganha apoio e agricultores levarão tratores

Produtores rurais deverão aderir à greve, segundo infirmou o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa

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Fernando Rogala

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Entidades e sindicatos da região dos Campos Gerais e do Paraná estão demonstrando apoio às mobilizações dos caminhoneiros. Agricultores e lideranças do setor, através da Sociedade Rural dos Campos Gerais, Sindicato Rural de Ponta Grossa e Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, inclusive a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) concordam com o protesto e mostram solidariedade com as manifestações contra os reajustes constantes do óleo diesel. Há, inclusive, a possibilidade da participação deles, com tratores, nas concentrações realizadas no município de Ponta Grossa. 

A Sociedade Rural dos Campos Gerais, inclusive, emitiu uma nota, manifestando o apoio às Associações e Sindicatos dos Transportadores de Cargas Rodoviárias e a todos os caminhoneiros autônomos. Como explicou o presidente, Edilson Gorte, essa é uma manifestação não apenas deles, mas que vale para toda a sociedade. “É uma questão que todo mundo deveria estar se preocupando. Mas único jeito fazer acontecer é assim, se mobilizando”, destacou. 

No documento, a Sociedade colocou que o óleo diesel é o insumo de maior utilização pelos produtores rurais, para produção dos alimentos que vão à mesa de todos os brasileiros, e ao mundo. “Para cada hectare de alimento produzido, nossas máquinas agrícolas consomem em média de 50 a 55 litros, hoje equivalendo a R$ 202,95 a preço de bomba no posto de combustíveis, e a um ano atrás o custo era de R$ 129,25, um aumento de 56,5%, vergonhoso para um país que a base do transporte é o rodoviário”, dizia o texto da nota.

O Presidente da FAEP, Ágide Meneguette, assinou um ofício, encaminhado aos deputados estaduais, parlamentares do Congresso Nacional, à governadora do Estado e ao presidente da República, solicitando soluções urgentes para reduzir a carga tributária incidente sobre a gasolina, o diesel e o etanol, que pode chegar a 40% do preço na bomba.

Gustavo Ribas Netto, presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, concordou que se trata de uma greve que interessa a toda a sociedade, e que os produtores não têm como contornar as constantes altas, lembrando dos 11 aumentos nesse combustível no período de apenas 17 dias, neste mês de maio. “O setor tem dependência grande do diesel e essa dependência nos afeta muito Então é um movimento mais que legítimo. Um país com inflação de 2,7% como no ano passado, e um aumento no diesel de 1% ao dia é uma afronta”, reclama. 

Ao observar que as manifestações estão ocorrendo de modo pacífico, sem bloqueios na região, confirmou a possibilidade da adesão dos ruralistas às mobilizações. “Pretendemos levar os tratores para as estradas, também sem atrapalhar o fluxo, para manifestar nosso apoio do agronegócio. O apoio do agronegócio é geral, mas a nossa movimentação será regional”, afirmou. Esse apoio deve ocorrer nos próximos dias, ainda nesta semana, na região do Distrito Industrial.

Caminhoneiros fazem novo ponto de mobilização 

As mobilizações seguiram de forma pacífica nesta terça-feira (22) em Ponta Grossa. No município, a principal concentração foi observada no Posto Brasil, na altura do Distrito Industrial de Ponta Grossa, no quilômetro 502 da BR-376. Houve também um novo ponto de mobilização na Avenida Souza Naves, trecho urbano da BR-373. Não houveram pontos interdição total em rodovias da região, apenas às margens da rodovia ou em postos de combustíveis. Conforme já revelou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ponta Grossa e dos Campos Gerais (Sinditac), Neori ‘Tigrão’ Leobet, a pauta de reivindicações da categoria já foi entregue em Brasília, reivindicando sete itens, dos quais dois são principais: as constantes altas no diesel e a cassação da liminar que mantém a cobrança do eixo erguido no pedágio. 

Em reunião com o Ministro da Fazenda, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que o governo nunca considerou mudar a política da Petrobras, com os preços baseados no mercado externo. Contudo, no final da tarde desta terça, os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anunciaram que o governo vai zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Hoje, a Cide representa R$ 0,05 no diesel e R$ 0,10 na gasolina.

Acipg apoia as manifestações

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), Douglas Fonseca, relata o apoio da entidade ao setor. Mesmo reconhecendo possíveis consequências, que irão afetar diversas áreas da economia, inclusive a população, afirma que a mobilização é válida. “Apesar do transtorno que vão causar para a indústria e para o comércio, acho que eles estão cobertos de razão. O preço que está nos combustíveis é absurdo, o que o governo está fazendo é um absurdo. O dólar subiu e o petróleo está subindo, então aumenta, mas não pondo a mesma quantidade de impostos como antes”, disse o empresário, alegando que manifestação é um direito dos motoristas e que é só dessa forma que o governo toma alguma atitude.

Reajuste

A Petrobras anunciou, nesta terça-feira, que a partir de quarta-feira, dia 23, haverá uma redução nos preços da gasolina e no diesel. Enquanto a primeira terá uma baixa de 2,08%, no óleo chegará a 1,54%. No início da manhã desta terça-feira, mobilizações eram registradas em 16 estados brasileiros.

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