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Transporte da safra eleva faturamento de empresas na região

Ponta Grossa, cidade com grande concentração de oficinas e lojas de autopeças voltadas ao transporte, obtém vantagem pelo alto fluxo de caminhões

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Fernando Rogala

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A colheita de grãos está encerrando na região dos Campos Gerais. Com mais de 95% de soja já colhido, restam poucas áreas, de plantio mais tardio na região, que é uma das últimas a encerrar o ciclo da soja. O município de Ponta Grossa, por concentrar o maior entroncamento rodoferroviário do Sul do Brasil, acaba se beneficiando nessa época, especialmente as empresas ligadas ao comércio (autopeças) e serviços voltados ao transporte. Na época do ‘pico’ da safra, que compreende o período de aproximadamente um mês, há um incremento em cerca de 30% na movimentação nas empresas relacionadas ao setor. Percentual de aumento também estimado no ramo de combustíveis. 

Ponta Grossa é reconhecida no setor de transporte nacional por possuir um grande número de empresas de comércio e serviços voltados ao segmento Tanto que muitos motoristas planejam uma parada na cidade para fazer a manutenção. “Temos muitas oficinas às margens das estradas, principalmente na região da Souza Naves e da Presidente Kennedy, onde há grande concentração. E lógico:^todo veículo necessita de manutenção, então traz um fluxo de dinheiro extra para a cidade, através de ICMS e ISS, principalmente”, avalia Edilson Gorte, Diretor Rural da Acipg e presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais. 

John Ralph Reis, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de Campos Gerais (Sindirepa), também é empresário do setor, proprietário de uma empresa especializada no sistema de arrefecimento, localizada às margens de uma das rodovias da região (PRC-373). Ele explica que, neste ano, o volume maior de transporte foi registrado entre março e a primeira quinzena de abril. “Como há mais caminhões circulando, aumenta a venda de peças e os serviços relacionados ao transporte. A variação depende do segmento, mas no meu ramo de atuação, de serviços de mecânica, há um aumento em cerca de 30%. Acredito que no setor de peças seja uma variação parecida”, avalia. 

No ramo de combustíveis, o fluxo de caminhões propicia um aumento na venda de diesel, que é o combustível que abastece os ‘pesados’. De acordo com Hélio Sacchi, vice-presidente da Associação dos Operadores de Postos de Combustíveis de Ponta Grossa e Região, que também tem uma rede de postos, com unidades em rodovias da região, relata um aumento entre 30% e 40% no período da safra. Essa variação é um pouco menor do que era registrada antes, pois os investimentos no campo possibilitam que os produtores armazenem o grão, para vender no momento com mais rentabilidade. Assim, o transporte é ‘pulverizado’ em mais meses “Antes era um aumento entre 50% e 60%. Esse número diminuiu porque houve a construção de silos de armazenagem nas lavouras”, completa Sacchi. 

Industrialização gera empregos

Reconhecida como a ‘Capital Mundial da Soja’ por sediar três das gigantes do agronegócio mundial, com unidades de recebimento da Cargill, Bunge e Louis Dreyfus. Possui, também, unidades da Cofco e da Nidera Sementes; e sem falar nas cooperativas agroindustriais da região.. Com isso, nessa época, o fluxo dessas empresas cresce, gerando a demanda por centenas de vagas safristas. “Aqui em Ponta Grossa a soja é industrializada, e são extraídos os subprodutos, como farelo. A soja vem pra cá e com isso conseguimos mais arrecadação de impostos. Só era melhor se fosse vendido tudo processado, em que agregaríamos mais valor, que se reverteria em mais impostos”, avalia Edilson Gorte.

Movimentação de abril a julho deverá atingir 8,6 milhões de toneladas

Representantes da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), da Secretaria de Estado da Segurança Pública e do Sindicato dos Caminhoneiros do Paraná debateram, na última terça-feira (25), ações conjuntas na área de segurança no entorno da área do Porto de Paranaguá, relativas à safra 2018, que está em andamento. O trabalho tem como objetivo reprimir furtos de cargas denominadas ‘vazadas’, em que o suspeito derruba o tombador do caminhão e despeja a mercadoria na via.

Nos próximos meses, o fluxo deve ser grande ao Porto. “Mais de 110 mil caminhões já desceram a Serra em direção ao Porto no primeiro trimestre de 2018 e o Porto tem uma perspectiva de movimentar cerca de 8,6 milhões de toneladas de grãos entre os meses de abril e julho, um volume recorde para o período”, disse o diretor-presidente da Appa, Lourenço Fregonese. 

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