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Secretária refuta flexibilização do ensino integral

Secretária discutiu questões do ensino integral com mães e vereadores. Projeto quer flexibilizar sistema de educação

Esméria se reuniu com vereadores e pais para falar sobre o assunto
Esméria se reuniu com vereadores e pais para falar sobre o assunto -

Afonso Verner

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A Secretaria Municipal de Educação recebeu na tarde desta terça-feira (20) um grupo de mães que pede que as escolas que atendem em tempo integral em Ponta Grossa tenham também turmas que ofereçam os conteúdos em metade do tempo, com uma flexibilização do sistema. O encontro contou com a presença de 15 mães interessadas, além da vereadora Professora Rose (PSB) e dos vereadores Celso Cieslak (PRTB), Guiarone (PROS) e Jorge da Farmácia (PDT).

As mães tiveram acesso a informações sobre a legislação federal que rege o sistema de ensino em todo o país e também sobre a política educacional da Prefeitura de Ponta Grossa, que prevê a ampliação gradativa das escolas em tempo integral. A meta do Conselho Municipal de Educação é de que todas as escolas do Município sejam de educação em tempo integral até 2025, contribuindo para o desenvolvimento educacional das crianças e também com o desenvolvimento de Ponta Grossa.

“Quando se compara o tempo de permanência na escola, na América Latina, com o Brasil, nós estamos extremamente atrasados. Enquanto no Chile são oito horas, em nosso país são menos de quatro. Jamais seremos um país desenvolvido com essa jornada escolar”, explicou a secretária de Educação, Esméria Saveli. Ela também demonstrou a preocupação da Secretaria a respeito com o desenvolvimento educacional.

“A escola de tempo partido é uma questão cultural no Brasil, que está sendo gradativamente superada. A educação em tempo integral é o que há de melhor para a crianças. Escola pela metade é a ideia mais retrógrada e mais atrasada em termos de Educação que temos hoje para a educação em nosso país”, disse a secretária. Jorge da Farmácia e Celso Cieslak apresentaram um projeto de lei que prevê a flexibilização do sistema integral.

O PL 58/2018 torna opcional o sistema de ensino integral no município. “Não precisa a criança ficar o dia todo na escola, os pais tem de ter esta opção. O projeto objetiva fornecer importante opção aos pais com relação a educação e tempo com seus filhos. O fato é que muitos pais ficam em casa boa parte do dia e poderiam fortalecer a relação com as crianças”, defende Jorge da Farmácia.

A flexibilização do ensino integral já foi proposta pelo agora ex-vereador Julio Küller (atualmente no PMDB). Na época, o argumento que baseava o projeto era semelhante com foco no fato dos pais poderem ter a opção de ficar mais tempo com os filhos.

Casos particulares serão avaliados

Todas as mães presentes tiveram a oportunidade de se expressar. “Todos os casos particulares das mães serão avaliados e encaminhados para uma solução que favoreça a criança”, disse Esméria. Em um dos casos, um menino com dificuldades de adaptação será acompanhado de perto pela família e pela escola. A SME também informou às mães que fará uma consulta às diretoras das escolas para averiguar a necessidade de novas turmas em tempo parcial – desde que elas funcionem no formato já existente atualmente. Não será possível, como exemplo, crianças estudando apenas em um período em uma turma de alunos que estudam em tempo integral, como propõem algumas das mães – uma vez que o conteúdo e a turma seriam prejudicados.

Ensino integral

Atualmente, em Ponta Grossa, existem 84 escolas municipais. Destas, 19 delas ainda são de ensino parcial, onde as mães que não trabalham fora de casa podem matricular seus filhos, embora esta possa não ser a opção mais próxima da residência. O município possui 31 mil alunos, sendo aproximadamente 18 mil já em tempo integral.

Com informações da assessoria. 

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