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Complexo soja de PG exporta R$ 3,14 bilhões em produtos

Produto mais exportado de Ponta Grossa, volume enviado ao exterior no ano passado atingiu 2,63 milhões de toneladas

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Fernando Rogala

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Produto mais exportado de Ponta Grossa, volume enviado ao exterior no ano passado atingiu 2,63 milhões de toneladas 

 ‘complexo soja’ foi o responsável pela maior parte das exportações ponta-grossenses em 2018. Sozinho ele representou quase três quartos de tudo o que foi comercializado com outros países através das empresas instaladas em Ponta Grossa, correspondendo a R$ 3,14 bilhões dos R$ 4,33 bilhões registrados entre janeiro e dezembro. Mesmo com um crescimento de 22,8% em relação aos R$ 2,56 bilhões registrados em 2016, o percentual de participação no valor total foi mantido na casa de 72%.

Em volume, o crescimento das exportações do complexo soja foi ainda maior, de 24,37%. No total, foram 2,63 milhões de toneladas de soja em grãos e em derivados destinados a outros países, ou seja, montante que corresponde a mais do que toda a produção de soja registrada nos municípios dos Campos Gerais em 2017, que atingiu 2,1 milhões de toneladas. Em 2016, em volume exportado, foram registrados 2,11 milhões de toneladas.

Todo esse montante é processado e comercializado por cinco grandes multinacionais do agronegócio mundial que têm unidades na cidade: Bunge, Cargill, Nidera, Louis Dreyfus e Cofco. A maior parte das unidades fabris estão instaladas na cidade desde a década de 1970, o que rendeu a Ponta Grossa a alcunha de ‘capital mundial da soja’. O país que mais recebeu os produtos do município em 2017 foi a China, o equivalente a quase R$ 1 bilhão, ou seja, 22% do acumulado.

As ‘tortas’ e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja aparece como o produto mais exportado da cidade, representando R$ 1,75 bilhão do comércio exterior municipal, ou o correspondente a 40,4% do montante. A soja em grão, mesmo que triturada, aparece na sequência, com R$ 780 milhões (ou 18,23%), enquanto que o óleo de soja e suas respectivas frações atingiram R$ 605,4 milhões comercializados a outros mercados. Só para ter ideia de produtos derivados da soja, além do grão, a Louis Dreyfus produz 10 tipos: soja quebrada, soja laminada, casca de soja, soja expandida, farelo de soja, óleo bruto, óleo degomado, óleo refinado, lecitina e tocoferol.

O crescimento das exportações, no ano passado, está bastante relacionado à produção agrícola recorde no país em 2017, lembra Dagoberto Bernini, gerente da Unidade Ponta Grossa da Cargill, que elevou em 15% o recebimento do grão no ano anterior. Com maior recebimento, o montante exportado foi maior. “Quando observa-se um aumento nas exportações de derivados óleo e farelo, se dá pelo fato de que nem todas indústrias estavam utilizando 100% de sua capacidade e, com uma supersafra, houve aumento da utilização. Como o mercado interno não pode absorver toda esta produção, aumentou-se as exportações”, revelou.

Soja correspondeu a 23% das receitas das exportações do PR

Em 2017, o Paraná se tornou o quarto maior exportador do País. O Estado não ocupava essa posição desde 2012. As vendas externas somaram US$ 18,08 bilhões (ou R$ 57,3 bilhões), 19,2% mais do que no ano anterior. As vendas externas de soja em grão cresceram 40% em 2017, passando de US$ 2,95 bilhões (R$ 9,35 bilhões) para US$ 4,14 bilhões (ou seja, R$ 13,12 bilhões). Principal produto da pauta de exportação do Paraná, o grão respondeu por 22,9% das receitas de embarques do Estado no ano passado. Como lembrou diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes, foi uma combinação de fatores que fez com que houvesse esse incremento nas exportações.

Recebimento de soja será tardio 

A produção de soja está ‘atrasada’ neste ano. Isso ocorreu em função do plantio, que foi atrasado, devido a intempéries climáticas no início da janela de plantio no Estado do Paraná e na região dos Campos Gerais. Isso pode fazer com que o volume de exportações cresça um pouco depois do registrado neste ano. “O recebimento está 30 dias atrasado pelas intempéries climáticas, como chuva e pouca luminosidade. No ano passado tivemos um bom recebimento e não tivemos problemas de armazenamento”, diz Silvério Laskos, coordenador comercial de grãos da Coopagrícola, cooperativa ponta-grossense que, embora não exporte, faz a venda dos grãos para as ‘trades’.

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