Homens invadem ônibus e executam presidiário da PEPG
O violento crime aconteceu na Rua Bahia, no bairro São José
Publicado: 13/02/2018, 19:49
O crime foi cometido na presença de outras pessoas. A hipótese é que o assassinato pode ter sido cometido por vingança
As circunstâncias e a maneira como agiram os criminosos chamam a atenção. Eles postaram-se na porta de entrada de ônibus, pediram o nome de cada um dos ocupantes e exigiram que deitassem e colassem o rosto no assoalho. Quando identificaram Egon, o levaram para o fundo do veículo e o alvejaram com dezenas de tiros – muitos dos quais na cabeça – segundo fontes policiais ouvidas no local pelo portal aRede.
O homicídio teve a participação direta de dois homens, mas outros possivelmente os davam cobertura e meios para fuga. ‘Ninguém sabe quem são, nem detalharam características físicas e muitos menos viram com que carro fugiram do local, porque estavam deitados ao chão’, detalhou um policial. Dentro do ônibus foram recolhidas mais de 40 cápsulas de pistola 9 milímetro, conforme relato oficial de um investigador.
Eggon era detento da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa e fazia parte de um programa ofertado pela Justiça para remissão de pena. Ele havia trabalhado, à tarde, na companhia de outros presidiários na limpeza de uma praça no bairro São José. O ônibus aonde aconteceu a execução pertence a uma empresa de Ponta Grossa e estava sendo vigiado por um agente penitenciário. Os demais detentos, funcionários e resposáveis pela segurança, não foram feridos
As autoridades ressaltam que os autores dos disparos, quando entraram no ônibus, perguntaram o nome de cada presidiário, até o momento em que identificaram o Eggon. Depois atiraram várias vezes contra ele, numa evidente queima de arquivo. Vários disparos foram à queima-roupa, em direção à cabeça. O corpo foi encaminhado ao IML de Ponta Grossa.
Ainda nesta noite, a Polícia Civil deverá ouvir todos os ocupantes do ônibus para direcionar as investigações.