Setor imobiliário tem R$ 1,3 bi em projetos para PG

Cerca de R$ 1,35 bilhão em investimentos privados previstos para Ponta Grossa. Este é o valor estimado em projetos que já foram avaliados ou que estão em análise pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan) no período de um ano e meio, desde a exigência do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). A conta contempla tanto projetos residenciais quanto comerciais, de grande porte. De maio de 2016, quando o primeiro EIV foi recebido, até esta sexta-feira, dia 20 de outubro, 44 projetos foram protocolados junto ao Iplan.

A lei que exige o EIV foi sancionada em março de 2016. “Este rendimento de R$ 1,3 bilhão é um valor aproximado de tudo o que aprovamos e que está em análise. São loteamentos, condomínios, prédios residenciais, prédios comerciais, enfim tudo enquadrado pela lei”, esclarece o presidente do Iplan, Ciro Macedo Ribas. Como ele explica, são investimentos não só de empreendedores de Ponta Grossa, mas também de outros estados. “Ponta Grossa está sendo muito procurada, está com um ‘boom’, de obras muito grande. Há empresas de Maringá, Curitiba, da nossa região e até de outros estados que estão investindo”, completa.

Todos os Estudos de Impacto de Vizinhança protocolados pelas empresas junto ao município estão disponíveis para consulta pública através do site do Instituto de Planejamento. Nos 23 projetos protocolados em 2016 e nos 21 em 2017, é possível contabilizar mais de 10 loteamentos, mais de 10 edifícios residenciais e mais de 10 condomínios residenciais, além de três hotéis, um posto de combustível e um edifício comercial. Quando em execução ou em operação, fomentará a economia municipal. “Nós temos aqui um número muito grande de solicitações de novos loteamentos, novos empreendimentos, prédios... O importante é que tudo isso vai gerar mão de obra, renda para o comercio, acaba mexendo com toda a cidade”, explica. 

O fomento da economia vale, inclusive, para loteamentos. Um deles é o Terras Alphaville, fase 2, que está em processo de análise. Embora haja o investimento para a infraestrutura, quando lançado, irá proporcionar novos investimentos. “Haverá as casas em construção. E isso é uma coisa que não é imediata, mas vem a longo prazo”, completa Ribas.

Construtora Prestes protocolou cinco projetos no Iplan

Uma das empresas que mais protocolou projetos no Iplan foi a Prestes Construtora e Incorporadora. Um desses projetos aprovados será lançado oficialmente no próximo fim de semana, o Vittace Jardim Carvalho. Há, no entanto, outros quatro projetos da empresa para a cidade. Hoje, são mais de 1,6 mil unidades residenciais em construção na cidade. “A Prestes investe em Ponta Grossa porque acredita no potencial do município para os produtos que a empresa desenvolve. Os diferenciais dos empreendimentos do nosso portfólio tem atraído a atenção do mercado, inclusive com aporte financeiro de um grupo francês, que percebeu um potencial em franco crescimento em uma cidade que tem atraído olhares de grandes indústrias e negócios que contribuem para o crescimento de todo setor produtivo”, destacou Breno Prestes, diretor presidente da construtora.

Avaliação

De acordo com a lei, uma série de projetos comerciais e residenciais devem ser avaliados. “Todos os grandes projetos passam por análise, para ver o que vai ser implantado e o que aquele projeto impacta na região. Por exemplo, um loteamento para duas mil casas, que vai ter aproximadamente 4 mil pessoas impactando nesse lugar. Então tudo tem que ser revisto e são impostas medidas mitigatórias e compensatórias para os empreendimentos”, diz Ciro Ribas.