Grupo de PG viaja ao litoral para observar baleias | aRede
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Grupo de PG viaja ao litoral para observar baleias

Fotógrafo do JM e portal aRede acompanhou a expedição que teve como destino o litoral de Santa Catarina

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| Autor:

Daniel Petroski

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Um grupo formado por 14 pessoas aproveitou o feriado de aniversário de Ponta Grossa no último dia 15 para embarcar em uma viagem incrível. Cidadãos comuns, crianças e estudantes de cursos de graduação de Biologia e Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foram até o litoral de Santa Catarina para viver uma experiência única: observar baleias.

O fotógrafo do Jornal da Manhã e do portal aRede, Cristiano Barbosa, acompanhou a expedição com destino a praia de Imbituba, região escolhida pelos animais para reprodução, sendo considerada desde os anos 2000 pelo Governo Federal uma área de proteção ambiental de uso sustentável da espécie.

No estado vizinho existe o projeto “Baleia Franca”, mantido com o apoio da Santos Brasil e do Instituto Australis. A iniciativa que completa 35 anos em 2017 busca a proteção, conservação e a recuperação populacional dos cetáceos em águas brasileiras. A organização mantém pesquisas científicas, monitoramento e ações de conscientização.

“O projeto foi criado no início da década de 80 com o retorno da baleia franca ao litoral catarinense. Na época, um grupo de voluntários fez um levantamento ao longo da costa e percebeu que os animais estavam retornando após quase 400 anos de evasão. As baleias deixaram de frequentar a região devido à caça. Com esse regresso, surgiu a necessidade de se fazer um trabalho de monitoramento, pesquisa e conservação da espécie”, revela a diretora de pesquisa do Instituto Australis, Karina Groch.  

O projeto conta com espaços de visitação voltado para turistas e estudantes, além de ações externas com o intuito de repassar informações sobre a espécie que é ameaçada de extinção no Brasil. Dez voluntários e cinco biólogos trabalham na iniciativa.

 Litoral brasileiro integra roteiro migratório dos animais

“A baleia franca tem um comportamento migratório. Ela migra entre áreas de reprodução e alimentação. Durante o verão, a espécie se alimenta próximo da Antártida. No local encontram alimento em abundância, principalmente o krill (conjunto de espécies de animais invertebrados semelhantes ao camarão). A baleia vai se alimentando e armazenando energia em forma de gordura”, detalha Karina. Um animal pode chegar a ter 40 centímetros de gordura em sua estrutura. “Inclusive isso desperta o interesse de caçadores para a extração de óleo”, acrescenta a diretora. No inverno, a espécie procura águas quentes e protegidas para a reprodução. Brasil (entenda-se Santa Catarina), Argentina e Uruguaia são os destinos preferidos nesse período. “A gestação é de um ano e nem todos os acasalamentos acontecem aqui. As fêmeas vêm para o Brasil para terem os filhotes”, detalha Karina. Com base nos estudos do Instituto, o retorno acontece com uma periodicidade média de três anos. “Todas as baleias francas são catalogadas e temos algumas até conhecidas”, conta a diretora.

Desafio

De acordo com Karina Groch, o trabalho de conservação da baleia franca é um desafio gigantesco. “Por isso lutamos para que a espécie continue crescendo e se reproduzindo no nosso litoral”, desabafou. Segundo o Instituto, o trabalho vem resultando em um crescimento da espécie em 12% ao ano. Interessados em visitar o local e conhecer de perto o trabalho podem entrar em contato pelas redes sociais “Projeto Baleia Franca / Instituto Australis) ou pelo e-mail [email protected].

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