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Possibilidade de aumento na tarifa preocupa CMT

Conselho ressalta necessidade de debate sobre ações que possam ‘aliviar’ planilha de custos do sistema. Reajuste anual está previsto no contrato entre VCG e Prefeitura

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Afonso Verner

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O Conselho Municipal de Transporte (CMT) segue preocupado em debater ações que possam evitar um reajuste ‘considerável’ no preço da tarifa de ônibus em Ponta Grossa no próximo ano. Com a chegada do serviço do Uber e a consequente queda no número de pessoas que usam o transporte coletivo da cidade, o CMT defende a necessidade de se discutir ações que possam evitar com que o sistema de transporte coletivo se torne “impagável”.

Em Ponta Grossa o sistema de transporte coletivo não é subsidiado – tudo que é gasto no próprio sistema é pago por quem efetivamente anda de ônibus. Segundo Helmiro Bobeck, presidente do CMT, a diminuição do número de passageiros é dada como “inevitável” pelos conselheiros após a chegada do Uber e por isso existira a urgência de se discutir medidas que pudessem “aliviar” a planilha de custos.

A possibilidade já foi exposta pelo Conselho no final do mês de agosto e, desde então, Bobeck aguarda uma data para se reunir com os vereadores para discutir ações no setor. “Nós estamos alertando para esse cenário já que no momento de aumentar a tarifa tem vereador que propõe o reajuste pela inflação e outros tipos de reajuste, mas na verdade quem paga a conta na prática é quem anda de ônibus”, contou Bobeck.

Entre as recomendações do Conselho ao Legislativo e também ao Poder Executivo estão a retirada de cobradores de linhas ‘sem parar’ e em trechos em que a bilhetagem eletrônica ultrapasse a marca de 80% do número de passageiros. “Além disso, também é necessário rever a sobreposição de linhas, por exemplo, aspecto que contribui para o aumento do custo do sistema”, contou Helmiro.

Em 2017, por exemplo, o reajuste da tarifa de ônibus fez com que o valor pago pelo passageiro subisse de R$ 3,20 para R$ 3,70 e se tornou alvo de uma longa disputa judicial – lideranças do meio político questionaram os documentos apresentados durante o processo de cálculo. “O sistema de ônibus em Ponta Grossa é autossustentável, ele não conta com subsídio, precisamos pensar conjuntamente medidas que possam fazer com que o sistema se torne menos oneroso”, afirmou o presidente do CMT.

Bobeck também fez críticas à formulação de leis que, na visão do conselheiro, podem devem prejudicar o sistema. “Os vereadores criam várias gratuidades no transporte coletivo, mas no final das contas quem paga é quem anda de ônibus”, alfinetou o presidente do CMT.

Prefeitura estuda terceirizar terminais

O valor da tarifa de ônibus também tem sido motivação para estudos internos no Executivo. Entre as propostas já discutidas pela Prefeitura está a concessão do Terminal Central de ônibus à iniciativa privada – a expectativa é que com o espaço sendo gerido e explorado comercialmente pela iniciativa privada, poderia haver melhoria do local e também diminuição no valor da tarifa. O custo para manutenção dos terminais de ônibus é de R$ 197 mil ao mês e o valor é ‘rateado’ pelos usuários que pagam a tarifa do transporte.

VCG

Empresa concessionária do serviço, a Viação Campos Gerais (VCG) se manifestou via assessoria de imprensa. A Companhia ressaltou a importância de se discutir ações que pensam o “sistema do transporte coletivo de maneira global”, incluindo o equilíbrio e a saúde financeira do sistema. 

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