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“Se precisar dar tiro, a gente dá”, diz vereador

Vereador ficou de fora da Comissão Especial de Investigação (CEI) que irá investigar a situação do aterro do Botuquara. Na tribuna, o parlamentar fez duras críticas a “jogada política”

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| Autor: Afonso Verner

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A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) formou nesta segunda-feira (31) a Comissão Especial de Investigação (CEI) que irá averiguar a situação do aterro do Botuquara. Autor da proposta de criação e envolvido no debate sobre o tema desde o começo do ano, o vereador Sargento Guiarone (PROS) ficou visivelmente irritado após acabar de fora da Comissão. Na tribuna, o parlamentar não poupou críticas ao que chamou de “jogada política”.

Membro da Reserva da Polícia Militar (PM), Sargento Guiarone (PROS) ficou muito irritado após acabar de fora da Comissão. A CEI foi formada logo no começo da sessão, após uma interrupção de pelo menos 30 minutos. O grupo acabou sendo formado pelos vereadores Celso Cieslak (PRTB), George de Oliveira (PMN), Florenal (Podemos), Mingo (DEM) e Vinícius Camargo (PMB).

Ao lado de Celso, Guiarone era autor do pedido de criação da Comissão e se disse “traído” pelos vereadores. “Hoje eu tive a certeza que a política brasileira não tem mais jeito, desde o começo do ano estou batalhando, estudando o assunto e me informando para fazer uma Comissão séria, infelizmente mesmo depois de apresentar o pedido para criar a CEI, acabei de fora, estou indignado”, comentou o vereador.

Sem citar nomes, Guiarone (PROS) foi ainda mais enfático. “Vereadores que nunca me procuraram, hoje vieram dizer que tinham interesse em fazer parte de uma comissão, essa CEI vai acabar em pizza”, salientou o parlamentar. Ainda na tribuna, Guiarone subiu o tom das críticas: “Já troquei tiro com vagabundo, não nasci pra ser apunhalado pelas costas, pra mim quem fez isso não foi homem. Não tenho medo, se precisar sair na porrada eu saio, se precisar trocar tiro, a gente troca”, disse.

A reportagem consultou o presidente da Casa de Leis, Sebastião Mainardes (DEM). Conhecido pelo tom conciliador, Mainardes afirmou que “não compactua” com esse tipo de fala e lamentou a situação. “A Câmara não é lugar para esse tipo de coisa”, disse Mainardes. O presidente do Legislativo lembrou que a Casa de Leis tem um caráter. “O Guiarone veio da polícia, pode estar acostumado a lidar com vagabundo, mas aqui na Câmara não é assim que funciona, existe um respeito entre os pares e no próprio trâmite parlamentar”, contou Sebastião.

Fala de Guiarone gerou repercussão

A fala de Guiarone (PROS), visivelmente feita com o vereador com os nervos à flor da pele, gerou repercussão na Casa de Leis. Um(a) vereador(a) consultado pela reportagem revelou “preocupação” por parte dos parlamentares, mas preferiu ter a identidade preservada. “Solicitamos uma gravação para uma análise completa da situação, caso seja entendido que houve uma quebra do decoro, vamos estudar a criação de uma Comissão Parlamentar Processante para apurar a situação”, contou o parlamentar. 

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