Setor imobiliário pede cautela com possíveis mudanças na cobrança do IPTU | aRede
PUBLICIDADE

Setor imobiliário pede cautela com possíveis mudanças na cobrança do IPTU

Especialistas do setor concordam com desvalorização do valor venal, mas lembram que taxar o setor pode não ser uma boa ação em tempos de crise

Imagem ilustrativa da imagem Setor imobiliário pede cautela com possíveis mudanças na cobrança do IPTU
-

Afonso Verner

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Diante da possibilidade de mudanças no valor venal e na planta genérica de valores (PGV) em Ponta Grossa, a reportagem do Jornal da Manhã e do portal aRede procurou representantes do setor imobiliário da cidade para repercutir o tema. As lideranças consultadas concordam com a desvalorização do valor venal dos imóveis na cidade, mas salientam que qualquer tipo de aumento tributário deve ser feito com cautela.

Na visão de Carlos Ribas Tavarnaro, diretor regional e vice-presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná, de fato existe uma defasagem no valor da planta genérica. No entanto, na visão de Carlos, durante o ‘boom imobiliário’ criou-se uma “base de dados de arrecadação no município que é irreal”. “Em alguns casos, existe a tentativa de cobrança de impostos em um valor que não é mais praticado pelo mercado”, explicou Tavarnaro.

Edison Roberto de Gois é delegado regional do Conselho de Corretores de Imóveis (CREFI) e também concorda com a desvalorização dos imóveis na planta genérica – segundo a Prefeitura, em alguns casos a desvalorização pode chegar a até 300% nas regiões de PG em que o crescimento foi mais intenso. “Vejo um efeito positivo a longo prazo, mas acredito que deve haver cautela na implementação das mudanças”, contou Gois.

Tavarnaro e Gois argumentam ainda que uma mudança no valor pago pelo munícipe no IPTU deve interferir na venda dos imóveis. “Se eu compro um apartamento em que o imposto me custa R$ 4 mil por ano, caso o aumento represente R$ 1 mil a mais por período considero que esse já é um valor significativo diante da crise de mercado e também política que vivemos”, considera Carlos Tavarnaro.

Crescimento desordenado é prejudicial

O delegado regional do CRECI, Edison Roberto de Gois, lembra que Ponta Grossa foi palco para um crescimento desorganizado nos últimos anos. “Tivemos conjuntos habitacionais muito distantes e isso não foi bom para o desenvolvimento coeso da cidade”, explicou o delegado regional. Na visão de Gois, o crescimento desordenado prejudica o município e também compromete investimentos do Poder Público na solução de problemas estruturais. 

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE