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FUC homenageia vítima de homofobia em PG

Sandro Murilo Pedrozo foi vítima de agressão nas imediações do Campus Central da UEPG, em 18 de junho

A morte de Sandro Pedrozo consternou a comunidade acadêmica e o meio cultural de Ponta Grossa
A morte de Sandro Pedrozo consternou a comunidade acadêmica e o meio cultural de Ponta Grossa -

Da Redação

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O acadêmico de licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o massoterapeuta Sandro Murilo Pedrozo, foi homenageado, neste sábado, em ato que abriu a final do 30° Festival Universitário da Canção (FUC). Sandro faleceu aos 52 anos, na última quinta-feira (13), após 25 dias em coma em hospital de Ponta Grossa. Ele foi vítima de agressão nas imediações do Campus Central da UEPG, em 18 de junho. O fato teve repercussão nacional, como mostraram manchetes de jornais e portais de notícias, projetados em telão no palco do Ópera. Os agressores ainda não foram identificados. A polícia suspeita de crime de homofobia.

A morte de Sandro Pedrozo consternou a comunidade acadêmica e o meio cultural de Ponta Grossa, que na homenagem prestada neste sábado, além de justiça na punição dos culpados, pediu um basta à intolerância. Mensagem esta expressa nos versos da canção ‘O amor está em todo lugar’, do ponta-grossense Alexandre Mello, participante da fase regional do 30° FUC. “Estenda mão quando for preciso, não trate outro como um inimigo mortal. Abra as portas pro mundo e deixe que o mundo te veja como realmente é. O amor está em todo lugar”.

O coordenador do 30° FUC, Wilton Correia Paz, destacou que o respeito à diversidade está consignado no princípio fundamental da UEPG, expresso em seu Estatuto: “Respeito à dignidade humana e aos direitos fundamentais, proscrevendo os tratamentos desiguais por motivo de convicção filosófica, política ou religiosa e por preconceitos de classe e de raça”.

 Entre seus princípios, a instituição preceitua ainda o “respeito à diversidade e pluralidade de pensamento, priorizando o diálogo permanente com todas as instâncias constitutivas da comunidade universitária”; e a “defesa intransigente de seu mais precioso ativo: a diversidade interna, que corresponde às diferenças dos seus objetos de trabalho – cada qual com uma lógica própria de docência e de pesquisa –, de suas visões de mundo e dos valores que pratica”.

No seu pronunciamento, no encerramento do festival, o reitor Carlos Luciano Sant’Ana Vargas lamentou a morte do acadêmico da instituição, sobretudo pela violência cometida, privando da vida uma pessoa que, nos seus atos, trazia sempre a mensagem do amor, tal qual a canção escolhida para homenagear Sandro Pedrozo. “Abra os olhos e veja que não está só, que ninguém é melhor ou pior que você. Suas virtudes e seus defeitos são os efeitos da vida em virtude do todo. As aflições e a desesperança são reflexos da vida mundana afinal. Não cabe a nós apontar a julgar. Todos cometemos erros até acertar. O amor está em todo lugar”.

Os sentimentos à família de Sandro Pedrozo também foram transmitidos pela vice-prefeita de Ponta Grossa, professora Elizabeth Schimidt. Ela se referiu à cultura como uma forma de se mostrar que, verdadeiramente, o amor está em todo o lugar, como expressam os versos de Alexandre Mello. “Sinta a grandeza da vida e a beleza contida, ao nosso redor e em cada ser. Abra as portas pro mundo e deixe que o mundo te veja como realmente é. Corpo presente de carne e osso, o sangue vermelho que corre nas veias do pé. O inconsciente da mente e a alma viajam acima das nuvens dentro de nós. O amor está em todo lugar”.

Na homenagem a Sandro Pedrozo todos os colaboradores, voluntários e músicos participantes do 30° FUC subiram ao palco empunhando a bandeira do Arco-Íris, símbolo mundial do orgulho, do reconhecimento e da cultura LGBT, que foi desfraldada no acesso principal do Campus Centra (Bloco A) da UEPG, em 28 de junho, Dia Mundial do Orgulho Gay. Desenhada pelo artista plástico Gilbert Baker, em 1977, a bandeira LGBT é composta por listas de seis cores diferentes (roxo azul, verde, amarelo, laranja e vermelho), semelhantes à do arco-íris. Estas cores representam a diversidade humana.

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