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Mãe de criança internada em UTI é presa em PG

Menino poderá enfrentar déficit visual, auditivo e cognitivo. Estado de saúde se agravou durante o final de semana

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Daniel Petroski

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Acaba de ser presa em Ponta Grossa, nas dependências do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU), a mãe do bebê de seis meses de idade que está internado no local suspeito de ter sido agredido. A delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Polícia Civil, Ana Paula Cunha Carvalho, cumpriu o mandado de prisão. O pedido foi encaminhado ao poder judiciário ainda na manhã desta segunda-feira (26), sendo atendido prontamente. O pai, um homem de 25 anos de idade, já está preso na Cadeia Pública Hildebrando de Souza desde a última sexta-feira (23).

Em relação ao garoto, é preocupante o quadro de saúde. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do HU. A principal suspeita é de que a criança tenha sido agredida pelos pais. 

Em nota, a Direção Técnica do HU informou que o paciente com traumatismo craniano apresentou piora do quadro neurológico durante o final de semana, tendo entrado em estado de Mal Convulsivo, sendo necessário que fosse sedado, entubado e mantido sob ventilação artificial. “Será mantido em sedação até que nova avaliação permita que seja iniciado protocolo de retirada de coma induzido. Deste modo, o paciente ficará na UTI Pediátrica sob cuidado das equipes de Pediatria e de Neurocirurgia ainda por tempo indefinido”, ressalta o documento assinado médico Gilberto Baroni.

Durante conversa por telefone com a reportagem do portal aRede, a equipe que está atendendo do menino afirma que ele poderá ficar com sequelas graves, enfrentando déficit visual, auditivo e de cognição.

O caso ganhou repercussão na quinta-feira (22) passada depois que o garoto deu entrada no Hospital da Criança João Vargas com suspeita de gripe. A equipe médica constatou que o bebê apresentava múltiplas fraturas no crânio, ferimentos em uma das costelas e mordeduras pelo corpo.

A situação ensejou uma manifestação do Ministério Público (MP) e também do Conselho Tutelar Oeste. Isso porque, uma semana antes do internamento, a criança já teria passado pelo mesmo Hospital com marcas de agressão.

O Conselho Tutelar afirma que pediu que o menino fosse retido na unidade e posteriormente encaminhado para uma entidade de acolhimento. O MP rebateu, alegando que na ocasião não havia justificativa para tal concessão, mas que sugeriu que o órgão, em caráter de urgência, adotasse uma série de medidas protetivas.

Depois que a situação veio à tona, o Conselho Tutelar fez um novo pedido de afastamento e acolhimento, o qual foi acatado pelo MP e será realizado após a alta médica da criança. 

Mãe afirma que pai era ‘nervoso’

Em depoimento, o pai afirmou que os ferimentos na criança teriam sido provocados pela cadeirinha utilizada no carro da família para o transporte da criança. Já a mãe relatou que o pai é “nervoso” e que em outra situação chegou a sacudir o bebê, mas negou as agressões. O menino, durante o dia, era cuidado pelo pai que estava sem trabalhar. A renda da família dependia do serviço da mãe. O casal está há pouco tempo no município. Anteriormente, eles moravam em outra cidade da região.

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