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MP emite nota sobre caso de bebê espancado

Conselho Tutelar Oeste foi orientado a adotar uma série de medidas protetivas

Entre as várias lesões, marca de mordida em braço da criança causa repulsa
Entre as várias lesões, marca de mordida em braço da criança causa repulsa -

Da Redação

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Conselho Tutelar Oeste foi orientado a adotar uma série de medidas protetivas,

O espancamento de um bebê de seis meses, em Ponta Grossa, ensejou uma manifestação do Ministério Público no final da tarde desta sexta-feira. O MP determinou que o Conselho Tutelar adotasse, em caráter de urgência, uma série de medidas protetivas

Veja a íntegra da nota à imprensa do MP

Com relação às notícias de que um bebê de seis meses foi internado com sinais de agressão no Hospital da Criança, em Ponta Grossa, o Ministério Público do Paraná, por meio da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca (Plantão Judiciário), esclarece que:

1) Recebeu, no dia 16 de junho, sexta-feira, durante o Plantão Judiciário, ofício (nº 200/2017) do Conselho Tutelar Oeste de Ponta Grossa, em caráter de urgência, informando que, na data anterior (15/06), o órgão havia sido acionado pelo Hospital da Criança para atuar no caso de um bebê que havia sido internado com broncopneumonia. No documento, o Conselho Tutelar relatava que a criança deu entrada no hospital vestindo apenas fralda e enrolada em um cobertor fino, mesmo com baixas temperaturas, que apresentava um hematoma na bochecha esquerda e que os pais, durante a internação, estavam sendo negligentes nos cuidados com o filho, deixando-o sozinho com a equipe do hospital por diversos momentos e apresentando justificativas diversas para os afastamentos. Diante desses fatos, o Conselho Tutelar solicitou ao Ministério Público que a criança fosse retida no hospital e, no caso de alta, fosse acolhida em entidade de acolhimento, até que o caso fosse analisado pela Vara da Infância e Juventude de Ponta Grossa.

2) Na mesma data, o promotor de Justiça que estava no Plantão Judiciário manifestou-se no sentido de que não havia justificativa, naquele momento, para conceder a medida de acolhimento, pois a criança estava, sem previsão de alta, sob supervisão no Hospital e com acompanhamento de conselheiros tutelares. Determinou, porém, que o Conselho Tutelar (Ofício nº 090/2017 – 2ª PJ) adotasse, em caráter de urgência, uma série de medidas protetivas: a) aplicasse medida protetiva de orientação, apoio e acompanhamento temporário aos pais e à criança; b) acompanhasse a evolução do quadro clínico do bebê junto ao Hospital, dando ciência à equipe médica sobre as condições da residência da família após a alta (havia notícia de que a família estava vivendo em um sótão); c) acompanhasse e orientasse os pais no caso de alta hospitalar, certificando-se a respeito das condições da residência familiar; d) colhesse mais informações (com a família e com vizinhos) sobre uma possível mudança de endereço da família, sobre o eventual novo destino e sobre o hematoma verificado no rosto do bebê (que os pais alegaram ter ocorrido por uma queda no berço), e) que encaminhasse relatório atualizado sobre o caso à Promotoria de Justiça que atua na área de proteção à criança de Ponta Grossa.

3) Assim que encaminhado o ofício, o promotor de Justiça entrou em contato, por telefone, com a conselheira tutelar responsável, esclarecendo que o caso relatado necessitava de mais informações, explicando as medidas requisitadas no ofício e ressaltando que o Plantão Judiciário poderia ser novamente acionado caso fosse necessário. No entanto, até o final do plantão, nenhuma outra notícia sobre a criança chegou à Promotoria.

4) As informações divulgadas pela imprensa nesta semana, sobre nova internação da criança, em estado grave, inclusive com fraturas e múltiplas lesões, chegaram à Promotoria por meio dos veículos de comunicação. Da mesma forma, as notícias sobre agressão e internação anterior, ocorridas em outro município, também chegaram por meio da imprensa local nesta semana.

5) Apesar do caráter de urgência, o Conselho Tutelar Oeste de Ponta Grossa confirmou recebimento do ofício encaminhado pelo Ministério Público apenas na manhã de segunda-feira (19/06), por e-mail, um dia após a criança receber alta no Hospital (18/06, no domingo).

6) Diante da nova internação da criança e das diversas lesões graves constatadas, os pais foram conduzidos até a delegacia para prestar esclarecimentos e o genitor foi preso em flagrante. Nesta sexta-feira, (23), o Conselho Tutelar fez novo pedido de afastamento e acolhimento, o qual foi acolhido pelo Ministério Público do Paraná e será realizado após a alta médica da criança. 

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