Assassino insinua traição para matar professora de PG

Protagonista de um dos crimes mais chocantes ocorridos neste ano em Ponta Grossa, o impressor Sandro Luiz Ramos Araki, 40 anos, alega uma suposta traição da professora Andrea Camara de Luca, de 41 anos, para matá-la. O crime aconteceu no domingo à noite, no apartamento da vítima, localizado na Rua Luís Guimarães, no bairro de Uvaranas. O corpo, com pelo menos quatro facadas, foi achado na tarde de segunda-feira, envolto em um lençol sobre a cama.

Araki foi preso na segunda-feira à noite em Imbituva pela Polícia Militar. Hoje de manhã, ao chegar na sede da 13ª SDP, em entrevista ao portal aRede e ao Jornal da Manhã, ele alega ter havido uma discussão depois de descobrir mensagens supostamente configurando traição conjugal envolvendo a professora e outro homem. "Ela teria caso com um outro professor e eu descobri", assinala. Essa versão, contudo, não deverá ser sustentada durante o inquérito, mesmo porque o relacionamento entre os dois teria se iniciado em junho. Outra questão é que, ao ser preso em Imbituva, Araki confirmou que se dirigiu para aquela cidade para se encontrar com uma mulher que teria conhecido através das redes sociais.

O interrogatório de Araki deve ser realizado na tarde de hoje. Ao portal aRede e ao Jornal da Manhã, a delegada Tânia Sviercoski disse que o acusado pode pegar até 38 anos de prisão. A autoridade policial considera o caso um latrocínio (roubo seguido de morte). Depois de matá-la, o impressor subtraiu pertences da vítima, fugindo com o carro da professora.

No momento da prisão de Araki, em Imbituva, os policiais militares apreenderam a faca, documentos e material usado em terrenos de umbanda. Em nota emitida na manhã de hoje, a PM chegou a usar o termo "magia negra", imputando a atividade ao criminoso.