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Imagens mostram ação da Polícia no Terminal Central

Fotos registraram prisão de manifestantes que alegam “excesso” por parte dos policiais. Responsável pela PM afirma que houve “ação técnica”

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Afonso Verner

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Fotos registraram prisão de manifestantes que alegam “excesso” por parte dos policiais. Responsável pela PM afirma que houve “ação técnica”

Imagens de fotógrafos do projeto ‘Lente Quente’, atividade ligada ao Curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), mostram o momento em que três pessoas foram detidas pela Polícia Militar no Terminal Central. Na visão dos manifestantes houve excesso por parte dos policiais, já na visão da PM a ação “técnica” foi necessária para “garantir o direito de ir e vir” dos cidadãos.

As imagens foram flagradas pelos fotógrafos Julio César Prado, Kimberlly Safraide e João Guilherme Castro. A confusão aconteceu por volta das 14h quando estudantes mantinham bloqueada a entrada de ônibus no Terminal Central – o local havia sido bloqueado por sindicalistas ligados ao setor do transporte que recuaram da ação após uma determinação judicial. Três pessoas acabaram detidas e levadas para a 13ª Subdivisão Policial de PG.

Segundo o capitão Marcelo Moreira Só, a PM tentou realizar uma negociação para que o local fosse liberado, mas diante da negativa dos envolvidos foi “necessária a retirada técnica dos manifestantes que insistiam em bloquear o local”. “Havia uma solicitação popular pelo direito de ir e vir e foi isso o que a PM cumpriu, respeitamos e salvaguardamos qualquer direito de protesto, desde que respeitando a ordem”, contou o capitão.

Nota Oficial

Em uma nota oficial, os integrantes do projeto Lente Quente repudiaram a  "violência policial" durante a ocasião.  Confira:

"A equipe do projeto e os professores coordenadores repudiam veemente a agressão sofrida por seus membros quando do exercício da atividade jornalística por parte de policiais militares, bem como toda e qualquer forma de impedimento ao livre trabalho jornalístico e seu aprendizado, o que implica o acesso às situações em que os movimentos sociais se fazem presentes no espaço público das cidades. Estudantes e professores do projeto de extensão Lente Quente, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), foram agredidos na tarde desta sexta-feira (28) durante ação da Polícia Militar e do Batalhão de Choque em frente ao Terminal Central de Ponta Grossa (PR), que resultou em três pessoas presas.

Um dos repórteres fotográficos do projeto foi preso de forma violenta e desproporcional enquanto realizava cobertura jornalística da mobilização que bloqueava entrada de ônibus no Terminal, por volta das 14h. O estudante foi liberado logo em seguida, no Parque Ambiental, após protestos de colegas de curso e manifestantes. Uma das fotógrafas foi derrubada por um policial e teve o equipamento danificado.

O projeto de extensão Lente Quente participa da cobertura jornalística das mobilizações em Ponta Grossa do Dia Nacional de Greve Geral. Pela manhã, a equipe realizou cobertura fotográfica da aglomeração na Praça dos Polacos e transmissão ao vivo da passeata pelo centro da cidade em parceria com a TV Comunitária e com o jornal Brasil de Fato.

Há dois anos, o projeto realizava o registro em imagens do evento que ficou conhecido como Massacre 29 de abril, quando a polícia atacou professores, servidores e estudantes  que protestavam no Centro Cívico, em Curitiba, contra o confisco da previdência. Este e outros episódios só reforçam a importância de projetos de extensão como o Lente Quente, como forma de coibir a violência de qualquer natureza, especialmente a praticada pelo Estado através da Política Militar."

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