PG tem duas instituições com escolarização hospitalar
Comunidades terapêuticas 'Rosa Mística' e 'Melhor Viver' realizam atendimento escolar a alunos hospitalizados. Governo do Paraná mais que dobrou número de instituições conveniadas.
Publicado: 12/04/2017, 11:04
Comunidades terapêuticas 'Rosa Mística' e 'Melhor Viver' realizam atendimento escolar a alunos hospitalizados. Governo do Paraná mais que dobrou número de instituições conveniadas.
O Governo do Paraná mais que dobrou o número de instituições conveniadas que ofertam o atendimento escolar a alunos hospitalizados. Em 2010, eram oito instituições que ofereciam o serviço. Agora, são 19 que mantêm parceria com a Secretaria de Estado da Educação em diferentes regiões do Paraná. A nova instituição conveniada é a Comunidade Terapêutica Dom Bosco, em Campo Mourão (Noroeste do Estado).
O atendimento é feito por professores e pedagogos da rede estadual de ensino pelo programa Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh). Nos hospitais os estudantes são acompanhados por quatro profissionais (três professores e um pedagogo) que passam por um processo de seleção específico para a função. “A nossa missão é oferecer a esses estudantes o direito de continuar sua escolarização mesmo que estejam impossibilitados de frequentar a escola em virtude de internamento ou tratamento de saúde”, disse a superintendente da Educação, Inês Carnieletto.
Os professores são divididos em três áreas do conhecimento: linguagem (Inglês ou Espanhol, Língua Portuguesa, Educação Física e Arte), humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) e exatas (Química, Física, Biologia e Matemática). O acompanhamento é feito durante todo o período de internamento e conta com uma estrutura escolar com salas de aula, em bibliotecas ou no próprio leito de internação.
O programa garantiu nos últimos sete anos o acesso à escolarização a mais de 42 mil estudantes em período de internação. “Esse atendimento possibilita ao aluno, seja ele do Paraná ou de outro estado, a continuidade da sua escolarização sem perder os conteúdos e mantém o vínculo entre o aluno e escola”, explicou a chefe do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno.
ATENDIMENTO EM CASA
O acompanhamento educacional também é feito na própria residência do aluno, quando ele recebe alta mas ainda não pode retornar à rotina escolar. No atendimento domiciliar o estudante tem o acompanhamento de três professores e um pedagogo da escola em que está matriculado.
Essa modalidade também aumentou nos últimos anos. Entre 2007 e 2010 foram atendidos 20 estudantes. Já no período de 2015 a 2016, foram acompanhados em seus domicílios 570 estudantes.
CUIDADO E ATENÇÃO ESPECIAL
Em novembro do ano passado, os professores e pedagogos que atuam no Hospital das Clínicas, em Curitiba, fizeram uma festa surpresa para Thainara Cristina da Silva, 18 anos, para comemorar a formatura do ensino médio. Thainara, que está à espera de transplante de medula óssea, tem uma relação muito próxima com os professores do Sareh, como ela mesma define.
“O Sareh significa muito para mim porque assim que cheguei ao hospital eu tive a oportunidade de iniciar as aulas e isso foi muito importante para não perder os conteúdos nem o ano letivo. Enquanto cuido da saúde eles cuidam da minha educação”, disse.
Após concluir o 6° ano do ensino fundamental no hospital em 2010, Thainara voltou para a rotina escolar normal. Em 2016, ela precisou novamente dar continuidade aos estudos durante o período de tratamento. “É uma aula normal, mas com um sentimento especial porque os professores são atenciosos e a aula é particular”, contou.
Thainara é natural da cidade de Jaciara, no estado do Mato Grosso. Segundo sua mãe, a pedagoga Luzia Paz Passarinho da Silva, o atendimento educacional hospitalar ofertado no Paraná teve um papel fundamental na formação escolar de sua filha. “É um programa que teve um papel único porque garantiu a escolarização durante o processo de tratamento, sem perder conteúdo. No nosso estado não temos esse tipo de atendimento”, disse.
A professora de Exatas, Margarete Virgínia Gonçalves, que acompanhou Thainara por um ano, recordou o empenho e dedicação da estudante. “É um trabalho gratificante porque observamos o empenho e a dedicação dos alunos que estão em condição de saúde debilitada e com vontade de aprender que muitas vezes não percebemos em sala de aula e isso motiva”, disse a docente, que trabalha no Sareh há quatro anos.
1. Associação Hospitalar de Proteção à Infância Doutor Raul Carneiro/Hospital Pequeno Príncipe – Curitiba;
2. Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia – APACN – Curitiba;
3. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – Curitiba;
4. Hospital do Trabalhador – Curitiba;
5. Hospital Erasto Gaertner – Curitiba;
6. Hospital Universitário Evangélico – Curitiba;
7. Hospital Universitário de Maringá - Maringá;
8. Hospital Universitário Regional do Norte do PR – Londrina
9. Hospital Universitário do Oeste do Paraná - Cascavel;
10. Hospital Infantil Dr. Waldemar Monastier – Campo Largo;
11. Hospital Regional do Litoral – Paranaguá;
12. Clínica H. J. – União da Vitória;
13. Hospital do Câncer de Cascavel – UOPECCAN;
14. Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier – Curitiba;
15. Hospital do Câncer de Londrina - Londrina;
16. Comunidade Terapêutica Rosa Mística – Ponta Grossa
17. Comunidade Terapêutica Melhor Viver - Ponta Grossa
18. Hospital Cajuru – Curitiba
19.Comunidade Terapêutica Dom Bosco – Campo Mourão
Informações da Agência Estadual de Notícias