PG terá marcha pela legalização da maconha

Evento discute medidas em prol da legalização da maconha nos dias 7 e 8 de abril. Concentração acontecerá na Estação Saudade

Ponta Grossa recebe nos dias 7 e 8 de abril a primeira edição da ‘Marcha da Maconha’ na cidade. O evento discutirá a descriminalização da droga e busca ressaltar os aspectos positivos da legalização da erva. Os integrantes do movimento irão se reunir da Estação Saudade (foto) e a Marcha contará com uma série de atividades culturais e debates acadêmicos.

Tarso Felipe Rodrigues Braga é um dos organizadores do movimento e afirma que um dos principais objetivos é fazer com que o debate sobre a descriminalização ultrapasse os muros das instituições de ensino. “Outros setores da sociedade também precisam ter acesso ao debate sobre um tema tão importante como esse”, conta Tarso.

O organizador lembra que estudos realizados na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostram que 70% dos detentos presos por tráfico no Brasil seriam na verdade usuários e não traficantes. “Temos uma política de criminalização da maconha que lota o sistema carcerário brasileiro, enquanto drogas como o álcool seguem sendo livres, mesmo matando pessoas todos os dias no Brasil”, pondera.

A marcha começará ainda na sexta-feira (7) em um evento no Grande Auditório do Campus Central da UEPG. A mesa redonda vai contar com a participação do advogado Fernando Silva, conhecido como “Profeta Verde”, do pesquisador da área do Direito Aknaton Toczek Souza e de Maria Aline, mãe que usa maconha medicinal no tratamento do filho.

“Já temos uma descriminalização sendo discutida na esfera do Supremo Tribunal Federal [STF], mas temos que fazer esse debate avançar para outras esferas da sociedade”, explica Tarso. Na visão do organizador, atualmente é “fácil ser maconheiro” no Centro de Ponta Grossa, no entanto o tratamento dedicado ao usuário em outras partes na cidade seria mais “duro” por parte dos órgãos de segurança.

A Marcha acontecerá no sábado (8) a partir das 16h na Estação Saudade.