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HU passa a oferecer serviço de odontologia hospitalar

Mães e crianças de 0 a 12 anos têm atendimento preventivo e curativo, além de educação em saúde bucal.

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Mães e crianças de 0 a 12 anos têm atendimento preventivo e curativo, além de educação em saúde bucal.

Pacientes do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa passam a contar, a partir deste mês, com serviços inéditos na área da Odontologia Hospitalar. No ambulatório de gestação de alto risco, na maternidade e na UTI neonatal, mães e crianças de 0 a 12 anos têm atendimento preventivo e curativo, além de educação em saúde bucal, enquanto nos leitos de internamento e UTI adulto, pacientes recebem cuidados de higiene e tratamento que reduzem a ocorrência de infecções.

De acordo com o diretor do hospital, Everson Augusto Krum, a implantação desses serviços se deve à implantação das residências multiprofissionais em intensivismo, em neonatologia e em saúde do idoso, que trouxeram para o ambiente hospitalar profissionais da Odontologia. Entre os serviços, está o ambulatório de saúde materno-infantil, projeto inédito em hospitais da região. “Os residentes trazem incremento de qualidade ao HU, pelo empenho na aprendizagem e na produção do conhecimento e, principalmente, pela dedicação no atendimento, no caso às gestantes e aos recém-nascidos”, diz Krum.

Sensibilização

A coordenadora da residência em neonatologia, Fabiana Bucholdz Teixeira Alves, afirma que o ambulatório tem o objetivo de ampliar o atendimento à comunidade, fazendo o acompanhamento odontológico de mães e crianças de zero a 12 meses de idade, pacientes do HU. “Os residentes atuam no sentido de promover a saúde bucal desde a primeira infância, com foco em aspectos educativos e preventivos”, diz, explicando que à medida que os bebês são atendidos, os conhecimentos sobre saúde bucal são reforçados aos pais e responsáveis. “A conscientização da família, durante a primeira infância das crianças, é fundamental para a eliminação de hábitos inadequados e a prevenção de problemas futuros”, reforça.

A professora afirma ainda que o atendimento começa com a mãe, tendo como cenário de atuação o ambulatório de gestação de alto risco do HU. Nesta primeira intervenção dos residentes, busca-se a conscientização da mãe sobre a importância do acompanhamento odontológico no período de gestação e os cuidados com a saúde bucal da criança nos primeiros meses de vida.

O atendimento se dá a cada trimestre de gestação, resultando em três sessões, onde são repassados conhecimentos sobre a saúde bucal e saúde em geral, importância dos dentes, alterações bucais que ocorrem durante a gravidez, preparo para a amamentação, cuidados a serem tomados durante o aleitamento e importância do acompanhamento odontológico do bebê, entre outros vários itens que visam a prevenção de problemas dentários. “Estudos comprovam que crianças cujos pais receberam orientação sobre hábitos adequados apresentam significativa redução de doenças bucais”, diz Fabiana Bucholdz.

No segundo momento, parte-se para o atendimento ao bebê, sempre com a presença da mãe. A primeira ação ocorre ainda na fase do puerpério, nas primeiras 48 horas de vida, no leito. Nesse momento se enfatiza junto à mãe a importância do aleitamento materno e cuidados na amamentação e manejo da cavidade bucal. O atendimento se estende, com seções no 10º dia de nascimento, aos 30 dias, três meses, seis meses e, completando o ciclo, aos 12 meses. Em todos momentos os residentes procedem ao exame clínico da cavidade bucal e enfatizam a importância dos hábitos alimentares e de higiene para a saúde bucal.

Teste

Uma das ações de grande importância, destacada pela professora Fabiana Bucholdz, é o ‘teste da linguinha’, no qual se verifica se a criança tem a língua presa, o que pode prejudicar a amamentação. “Para os bebês diagnosticados com dificuldades de aleitamento devido a esse problema recomenda-se a cirurgia no freio lingual”, diz. Outra preocupação Se dá com relação aos hábitos de sucção não nutricional, no caso o uso de chupetas ou mamadeiras, cujo uso, apesar de não recomendado, também recebe orientação.

Todas ações e procedimentos realizados são anotados em uma carteira individual e uma ficha clínica dos pacientes. Passado o primeiro ano de vida, o paciente é encaminhado para a Clínica do Bebê do curso de Odontologia da UEPG. Dependendo do caso, pode dar prosseguimento ao acompanhamento no ambulatório hospitalar, até o término da primeira infância (até os seis anos de vida).

O atendimento odontológico aos recém-nascidos se estende ainda à UTI Neonatal do HU, onde os residentes multiprofissionais em intensivismo e em neonatologia encontram outro cenário de atuação, trabalhando com crianças que tiverem nascimento prematuro ou que precisam de atenção especializada. Nesse caso, o atendimento ocorre diariamente, com a higiene da cavidade bucal e orientações à mãe, numa atividade que também profissionais de outras áreas, com fonoaudiólogos, da residência em Reabilitação.

Atendimento odontológico a idosos reduz riscos de infecção

A Odontologia Hospitalar também ganha espaço na residência em saúde do idoso, com atendimentos aos pacientes clínicos e da UTI Adulto do Hospital Universitário de Ponta Grossa. O residente Jackson Luiz Fialkoski Filho explica que a inserção da odontologia no atendimento aos pacientes contribui de forma significativa para a redução do risco de infecção, do tempo de internação e até da quantidade medicamentos prescritos para o enfermo. O médico ressalta ainda a melhora da qualidade de vida e autoestima do paciente durante o período em que permanece no hospital.

Para o atendimento a esses pacientes, o HU investiu na aquisição de dois consultórios portáteis (cadeira e equipamento adicionais) que podem ser levados do quarto de internamento à UTI adulto. De acordo com Fialkoski Filho, a utilização desse equipamento proporciona uma série de benefícios ao paciente e contribui para o sucesso do tratamento odontológico e médico. Ele ressalta que uma significativa parcela dos pacientes na faixa da terceira idade nasceu numa época em que se praticava uma odontologia mutiladora, com a extração de dentes. “Muitos têm próteses totais ou parciais e necessitam de um atendimento odontológico específico”, comenta, colocando nesse rol também os pacientes diabéticos e hipertensos.

A professora Fabiana Bucholdz observa que a introdução na odontologia no ambiente hospitalar é bem recente. “É um novo campo de trabalho que se abre para os profissionais da área”, diz a professora, que a exemplo dos residentes tem usa primeira experiência de atuação em um hospital. “Essa experiência certamente resultará em profissionais mais capacitados ao trabalho com as demandas reais da comunidade”, afirma, observando que os acadêmicos da graduação da UEPG também serão inseridos nesse novo cenário de atuação.

Informações da Agência Estadual de Notícias (AEN).

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