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Número de empresas fechadas em PG cresce 18,2% em um ano

Balanço revelado pela Junta Comercial do Paraná mostra que 1,4 mil empresas fecharam as portas em 2016 no município

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Fernando Rogala

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Apesar do crescimento de quase 7% no número de novas empresas em Ponta Grossa no ano passado, a quantidade de empresas que encerrou as atividades também teve uma elevação em 2016. Dados revelados pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar), apontam que o número de baixas de empresas teve um incremento de 18,2% ao passar de 1.225 para 1.448, o que representa um aumento de 223 empresas fechadas no período de um ano. No Estado do Paraná, no entanto, o panorama foi diferente, com a retração de 3% no número de companhias extintas. “Mas, às vezes, há empresas que fecham e não dão baixa na junta, na expectativa de que, em um futuro, vão reabrir”, recorda o presidente da Jucepar, Ardisson Akel.

O comércio foi o setor que mais sentiu. Basta observar os números do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através do levantamento mensal do Cadastro de Geral de Empregados e Desempregados, que este setor foi o que mais registrou fechamento de vagas de trabalho, 639 no total em 2016. A pesquisa Conjuntural da Fecomércio também revela uma baixa de 5,5% no nível de emprego no acumulado do ano, com uma redução de 2,8% na folha de pagamento. A indústria também foi afetada, como a Monofil, que anunciou o fechamento de sua unidade na cidade. 

Paulo Carbonar, secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, reconhece que Ponta Grossa não ficou fora da bolha da crise, mas que teve subsídios que mantiveram a cidade melhor em alguns aspectos. “Aumentou a energia, a alimentação, o transporte. E tudo reflete na ponta, no consumo. Isso tira o poder de investimento e o gasto da população, e o que mais sente, em primeiro, é o comércio”, lembra. Porém destaca os investimentos industriais, que fez com que Ponta Grossa recuperasse 75% dos empregos perdidos no ano anterior, valor acima da média nacional. Para 2017, porém, Carbonar afirma que as perspectivas são melhores, com indústrias concluídas e a expectativa da geração de 1,5 mil vagas de empregos com os investimentos em andamento.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa, José Loureiro, lembra que esse resultado é fruto da retração econômica e baixa nas vendas, que vêm desde 2014. “É em virtude das baixas vendas. Inicialmente mandam pessoas embora e depois acabam fechando. Muitas já eram para ter fechado em 2015, mas não conseguiram e acabaram retardando”, alega. Segundo ele, houve grande impacto nas lojas de mostruário, de calçados e vestuário, além de móveis. 

Fechamentos impulsionam novos negócios 

O fechamento de empresas gera demissões e afeta a economia municipal e regional. Porém, em alguns casos desperta o empreendedorismo e gera oportunidades. Como explica Ardisson Akel, o crescimento do número de empresas constituídas está relacionado ao de fechamentos, pela necessidade. “Muitas pessoas que acabaram perdendo o emprego ano passado foram a luta e resolveram abrir uma empresa, ou se associar com outra pessoa e abrir uma empresa de pequeno porte. É a busca de uma solução pela pessoa que procurou emprego, não conseguiu, e abre a empresa por necessidade”, diz.

Baixas em 2017

O ano de 2017 também iniciou com algumas baixas no comércio ponta-grossense. A mais notável foi a da multinacional do setor de vestuário C&A, que fechou as portas no início deste mês, demitindo mais de 15 funcionários. A empresa, a qual atuava no Shopping Antártica, contava com quase 40 funcionários no município.

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