Vara da Infância lança ‘Lar Afetivo’ e ‘Entrega Consciente’ | aRede
PUBLICIDADE

Vara da Infância lança ‘Lar Afetivo’ e ‘Entrega Consciente’

Gabriel Sartini

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

A Vara da Infância e Juventude lança no próximo dia 30, às 10 horas, na Escola de Magistratura (Fórum Estadual), os programas Lar Afetivo e Entrega Consciente, voltados à proteção do público infanto-juvenil. O evento marcará também o lançamento do site oficial da entidade.

O programa Lar Afetivo acontecerá na sua segunda edição na Comarca de Ponta Grossa. A primeira edição aconteceu no ano de 2008. A proposta é incentivar o apadrinhamento afetivo de crianças e adolescentes sem visitas ou contatos familiares há pelo menos 90 dias. São alvo do programa meninos e meninas com idade entre 7 e 17 anos, portadores ou não de necessidades especiais.

A proposta é que os interessados possam levar as crianças/adolescentes para passear finais de semana ou quinzenalmente. A iniciativa tem como objetivo minimizar a carência afetiva vivida pelos acolhidos, possibilitando que eles saiam da Instituição de Acolhimento e participem de atividades de cultura, lazer e esportes.

Atualmente, o município conta com seis instituições que acolhem em média 100 crianças.  Cerca de 5% dos abrigados estão em acompanhamento em vias de adoção, outros 20% tem indicação para inclusão no Programa Lar Afetivo. Os demais se encontram com os processos em andamento para reintegração familiar, ou apresentam alguma restrição própria para a inclusão em programas desta ordem. “Nossa meta é que 50% das crianças e adolescente acolhidos possam ter um padrinho afetivo”, avalia a juíza da Vara da Infância e Juventude, Noeli Reback.

Para participar do programa, pessoas solteiras ou casais com mais de 18 anos devem fazer um cadastro na Vara da Infância e da Juventude de Ponta Grossa, das 13 às 18 horas. Os interessados não podem ter demanda judicial envolvendo criança e/ou adolescente e nem estarem habilitados à adoção no Cadastro Nacional de Adoção. É necessário apresentar fotocópia de RG, CPF, comprovante de endereço, e certidão negativa de antecedentes criminais.

Além dos documentos, os interessados deverão passar por procedimentos realizados pela Equipe do Serviço de Auxílio à Infância, como avaliação psicológica e visita domiciliar realizada por Assistente Social. Mais detalhes sobre o programa podem ser obtidas pelos telefones 3220-3895 e 3220-3893.

Entrega Consciente

O programa Entrega Consciente é voltado a profissionais da saúde, como enfermeiros, médicos, agentes comunitários e psicólogos. A proposta é informá-los e promover a reflexão sobre gestantes que manifestam a intenção de entregar seus filhos para a adoção. Quando os profissionais perceberem dúvidas quanto à entrega à adoção, devem encaminhar a gestante e a família para apoio social e psicológico.

Entre os principais motivos de entrega de crianças para a adoção está a aceitação da mãe da impossibilidade de criar o filho, conflitos internos da gestante, o não desejo de exercer a função materna, a gravidez indesejada e a ausência de responsabilidade paterna.

Há casos em que a mãe não deseja a criança, mas não a entrega para a adoção com medo do julgamento pela comunidade, e acaba tendo atitudes inadequadas, como tentativa de aborto na gestação, maus tratos, abandono e negligência. Essa atitude gera um problema ainda mais grave que é o sofrimento e prejuízo à criança, dificultando até seu desenvolvimento afetivo.

Há também a questão da adoção ilegal, quando a mãe entrega o bebê diretamente a uma família que não está preparada para o processo de adoção. Outra situação que afeta as crianças é o prolongamento do tempo de institucionalização pela não desistência da guarda. Essas crianças acabam ficando tempo demais nas instituições, diminuindo as chances de adoção.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE