Sem verba, Escolas de Samba preveem prejuízo de R$ 25 mil
Representantes das escolas lamentaram decisão da Prefeitura em não patrocinar a festa popular em Ponta Grossa
Publicado: 20/01/2017, 16:01
Representantes das escolas lamentaram decisão da Prefeitura em não patrocinar a festa popular em Ponta Grossa
Com a oficialização do corte do financiamento público para o Carnaval de rua em Ponta Grossa, os responsáveis pelas escolas de samba da cidade já fazem as contas do prejuízo que irão amargar. Segundo o presidente da Liga Cultural das Organizações Carnavalescas de Ponta Grossa, Antonio Francisco Gomes da Silva, afirma que a maioria das escolas já começou a comprar os insumos que seriam utilizados nos preparativos da festa.
“Estamos lutando por uma cultura, por um Carnaval de rua que tem uma tradição de mais de 30 anos, é muito triste notar a falta de comprometimento do Poder Público”, afirmou Antonio. O carnavalesco lembra que a festa, realizada na avenida Vicente Machado, reunia mais de 30 mil pessoas. “Mesmo com pouca verba, levávamos para a avenida a nossa alegria e a nossa cultura, isso vai se perder”, contou Silva.
De acordo com o presidente da Liga, os representantes se reuniram em diversas oportunidades com o prefeito Marcelo Rangel (PPS) e o gestor teria confirmado o compromisso em destinar a verba para a realização da festa – a reportagem tentou entrar em contato com o prefeito para confirmar a versão de Antonio, mas Rangel está em férias e licenciado do cargo.
A expectativa de Antonio é que cada uma das cinco Escolas de Samba que desfilariam na Vicente Machado tenha um prejuízo de, pelo menos, R$ 3 mil e esse valor pode chegar a R$ 5 mil em alguns casos. “A maioria dos responsáveis por organizar o desfile já fizeram as compras, o material é caro e demora para ser entregue. E agora, o que será feito disso?”, questionou o carnavalesco.
Segundo Antonio, existiam cinco escolas garantidas no desfile: Globo de Cristal, com sede da Vila Mariana, Águia de Ouro de Olarias, Asas da Vila da Vila Cloris, além das escolas Mancha Verde, da torcida organizada do Palmeiras e a Estopim, organizada da Camisa 12, torcida do Corinthians. “Essas pessoas tinham o compromisso de manter uma cultura viva, algo que era tradicional para a história da cidade”, contou Antonio.