Corpo de Bombeiros tenta salvar verba de R$ 1,5 milhão | aRede
PUBLICIDADE

Corpo de Bombeiros tenta salvar verba de R$ 1,5 milhão

VÍDEO
| Autor: Afonso Verner

Afonso Verner

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Desde 2009, o Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa não tem mais verbas próprias. A única maneira de receita 'individual' da Instituição era o Fundo de Reequipamento dos Bombeiros (Funrebom) - a taxa foi extinta na cidade há 5 anos e desde lá cerca de R$ 1,5 milhão deixaram de ser destinados ao Corpo de Bombeiros da cidade.

Outros municípios do Paraná ainda mantém a cobrança da taxa - Maringá e Londrina, por exemplo, arrecadam cerca de R$ 3 milhões por ano com o Funrebom. "O Corpo de Bombeiros executa um trabalho de excelência e não podemos nivelar nosso atendimento por baixo. Hoje toda a verba que recebemos vem do governo do Estado", explicou o capitão José Adriano Spak.

O capitão explica que a taxa de vistoria, paga pelo munícipe que precisa de um alvará, por exemplo, vai direto para o Governo do Estado e, só depois, é repassada para os quartéis regionais. "Cidades que ainda cobram o Funrebom tem equipamentos muito mais avançados e conseguem prestar o serviço com mais excelência para a população", argumenta o capitão.

Taxa foi criada depois de grande incêndio

O Funrebom foi criado em Ponta Grossa depois que a cidade foi palco de um grande incêndio na década de 1970. Segundo Spak, com o fundo os bombeiros do município era "referência" no Estado do Paraná em qualidade e velocidade de atendimento. "Hoje nós recebemos verbas e equipamentos do governo do estado. Mas não temos autonomia, nem recursos para conseguir comprar esses equipamentos", diz o capitão.

José Adriano dá como exemplo a compra de desencarcerizadores hidráulicos (equipamentos utilizados para tirar vítimas das ferragens) que o governo tenta comprar e licitar a dois anos. "Se tivéssemos um aparelho mais moderno desse tipo no quartel, poderíamos retirar as vítimas das ferragens com maior velocidade", argumenta o capitão.

Viaturas na oficina

Não é só a compra de novos equipamentos que fica prejudicada com a falta do fundo: a manutenção da estrutura também é deficitária. Uma viatura envolvida em um acidente de trânsito, por exemplo, meses 'encostada' até que o responsável pela colisão seja acionado juridicamente. Esse é caso de uma viatura atingida na Avenida Carlos Cavalcanti, há quase dois meses, que ainda segue na oficina.

Prédio sexagenário 

O quartel central do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa também sofre com a falta de manutenção. O local é de propriedade municipal e foi construído em 1950 - desde lá a última reforma significativa foi em na década de 1970. "O nosso telhado está condenado e a parede cheia de infiltrações", conta Spak.

Projeto em andamento

Um estudo para que o Funrebom volte a ser cobrado em Ponta Grossa já tramita na Prefeitura da cidade. "Não queremos onerar ainda mais o contribuinte, mas sim prestar um serviço com maior qualidade", diz Spak. A taxa é cobrada em um carnê enviado junto com o IPTU e a taxa é aproximadamente R$ 16,50 por imóvel.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE