“Certamente é uma derrota”, diz presidente do PT em Ponta Grossa

Líder do Partido dos Trabalhadores aposta na reconstrução do partido a partir das bases

Após o impeachment e afastamento definitivo de Dilma Rousseff do cargo de presidente, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) em Ponta Grossa, Edson Armando Silva, admite que a legenda sofreu uma derrota. No entanto, o presidente do PT na cidade lembra que na política “derrotas e vitórias” não são definitivas e aposta na reconstrução do partido que comandou o Brasil por trezes anos a partir das bases.

Edson lembra que o afastamento da presidente já era esperado, mas afirma que o partido continuará lutando contra a desigualdade social. “O julgamento no Senado é antes de tudo político e movido por interesses, por isso eu já esperava tal resultado”, pondera Armando. O líder do PT lembra ainda que o partido terá que se reconstruir a partir das bases e isso começa já em 2016.

Nas eleições municipais em Ponta Grossa o PT não apresenta candidato ao Poder Executivo, mas tentará reestruturar a representação na Câmara Municipal. “Temos uma chapa formada por pessoas preparadas e vamos apostar na campanha no bairro para voltar a eleger, pelo menos, um vereador para a próxima legislatura”, afirmou Armando. O PT firmou coligação com o PTdoB na disputa por vagas no Legislativo.

Edson também falou sobre o julgamento da agora ex-presidente. “Dilma não foi condenada por os seus erros, ela foi condenada por pessoas com muito mais problemas do que ela”, lembrou Armando. O presidente do PT afirmou ainda que a situação “é uma expressão de uma estrutura política que subverte a democracia”. “O sistema democrático não é isso, deveria ser um sistema político que expressa a vontade da população, mas de forma justa, respeito a minoria, impessoalidade, imparcialidade, instituições políticas robustas, confiáveis e isentas, mas não é isso o que acontece”, afirma Edson.